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29 de set. de 2023

PM acusado de matar Débora Vitória nega crime em audiência de instrução

 

Foto: Reprodução Instagram

Por Roberto Araujo

O policial militar José da Cruz Bernardes Filho, acusado de matar a pequena Débora Vitória, de apenas 6 anos, durante uma reação a uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas em novembro de 2022, disse em audiência de instrução e julgamento que aconteceu nesta quinta-feira (28) que não cometeu o crime.

O argumento da defesa sustenta que o disparo saiu da arma de Clemilson Conceição Rodrigues, que realizou o assalto conta Dayane Gomes, mãe da criança. O assistente do Ministério Público, Marcos Vinícius Brito, disse ao Cidadeverde.com que a versão da defesa não condiz com o resultado das perícias que foram feitas.

"Ficou lógico e claro que a autoria e a materialidade estão devidamente comprovadas porque as três perícias que a própria defesa pediu, confirmam. Requereram reprodução simulada e concluiu que o disparo saiu da arma do policial, a microcomparação balística, pediram para repetir a microcomparação balística (...) comprovando mais uma vez que a bala partiu da arma do policial", disse.

Foram ouvidas na audiência de instrução e julgamento desta quinta, além do acusado, oito testemunhas da acusação. Agora, a acusação tem um prazo de 10 dias para fazer as alegações finais, e um prazo igual será dado para a defesa refutar.

Nós procuramos a defesa de José da Cruz Bernardes Filho, mas não obtivemos resposta.

O CASO

A menina Débora Vitória, de 6 anos, morreu na noite do dia 11 de novembro durante uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina.

A mãe, Dayane Gomes, e a filha foram surpreendidas pelo suspeito que anunciou o assalto. Um policial militar viu a ação e reagiu efetuando disparos. Durante a troca de tiros, a criança foi atingida por um disparo. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A mãe também foi atingida por um disparo na perna.

O acusado de praticar o assalto, Clemilson Conceição Rodrigues, foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de roubo majorado e latrocínio tentado.

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