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Por Graciane Araújo
O motorista Herbert Muriel Freitas da Silva, 41 anos, que dirigia um ônibus escolar que matou uma criança e deixou 29 feridos, ainda não prestou depoimento. O delegado André Moreno, que investiga o caso, conta que ele se apresentou espontaneamente após a tragédia e estava em estado de choque.
"Estava em choque, chorando e muito exaltado. Ele desconfiava que teria tido morte, porque ele falava em massagem cardíaca, desconfiava que havia vítima fatal. Ele conta que estava prestando socorro às crianças e que só saiu do local e se deslocou ao DP por causa de ameaça às crianças de um linchamento. Realmente, era temerária a presença dele no local. Ele não se evadiu; foi direto à delegacia", disse o delegado.
O ônibus transportava crianças de duas comunidades rurais, da cidade de José de Freitas, para a escola. Além delas havia um monitor que ainda não foi ouvido. A Prefeitura de José de Freitas confirmou que afastou o motorista e abriu processo administrativo para investigar o acidente.
André Moreno explica que a perícia já analisou as condições do ônibus e da pista para elaboração de um laudo que vai apontar as causas do acidente. O delegado enfatiza que é necessária uma "resposta segura, firme, proporcional e justa".
Foto: Breno Moreno/ Cidadeverde.com
"Existem muitos detalhes que precisam ser avaliados com calma. A perícia vai informar tudo o que a aconteceu e a dinâmica que moveu o fato. A gente espera ter essas respostas até o fim da semana que vem. O trabalho da perícia é imprescindível e pode esclarecer muita coisa", destaca Moreno.
As testemunhas também serão ouvidas. "Os depoimentos somados à prova pericial, que é uma prova técnica, confiável, segura, dá um embasamento bem interessante, avaliando também a vida pregressa do motorista, se ele já tinha algum tipo de reclamação, infração de trânsito, acidente. Isso já foi ventilado, mas precisamos confirmar se há algo documentado", esclarece o delegado.
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