Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Engenheiro agrônomo, Agostinho Neto, que coordenou os trabalhos
Por Yala Sena
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) divulgou uma planilha de preços referenciais de terras para evitar especulação de imóveis no estado.
É a primeira vez que o Relatório de Análise de Mercado de Terras (RAMT) é divulgado com os 12 mercados, ou seja, contemplando todo o estado. A planilha de preços foi divulgada no auditório do Crea com a presença de entidades governamentais e sociais.
O relatório foi apresentado pelo engenheiro agrônomo, Agostinho Neto, que coordenou os trabalhos.
O metro quadrado mais caro de terra no Piauí fica na região dos Cerrados em que o preço por hectare varia de R$ 6 mil a R$ 18 mil, principalmente nos municípios de Uruçui, Ribeiro Gonçalves, Baixa Grande do Ribeiro, Corrente, Bom Jesus, Gilbués e Parnaguá.
“A região dos Cerrados, do Matopiba, está com preços mais elevados, devido a presença do agronegócio e dos investimentos feitos na região”, disse Agostinho Neto.
Segundo ele, a região de Campo Maior também tem elevado o preço das terras, devido a presença de novas empresas. “Na micro região de Campo Maior, o preço de terras que oscilava em R$ 700 a R$ 800, temos informações de empresários que chegaram e elevaram os preços para 4 mil a R$ 5 mil em função de uma procura forte e por tamanhos de proprietários", destacou.
Outra região que teve valorização de terra foi em Piracuruca. Segundo o Incra, imóveis tiveram aumento de preços até cinco vezes a mais que nos últimos dois anos.
As regiões com menores preços estão em áreas de Valença e semiárido de Picos.
“Às vezes tem uma pecuária sem muita tecnologia e com preços que variam de R$ 150 a R$ 300. Quando a pecuária tem um nível de tecnologia sobe para R$ 800, R$ 900. Isso depende muito da tipologia e da tecnologia investida”, disse.
O presidente do Incra no Piauí, Ícaro Carvalho, disse que o objetivo principal é utilizar a planilha como referência para os processos de aquisição e desapropriação de terras.
“O Incra tem mais de 800 processos de desapropriação parados e que vamos agilizar”.
Romualdo Brasil, da Residência Camponesa, destacou que o Piauí é carente desse tipo de informação e o Incra tem o dever institucional para dar embasamento a todos que possuem terra.
“Como movimento social defendemos que a prioridade, já que há preceito institucionais, que toda terra improdutiva deve ser desapropriada para a reforma agrária e isso independente de pagamento. O relatório é importante para evitar má fé de compradores que oneram o preço da terra”.
De acordo com o relatório, o Piauí está dividido em 12 Mercados Regionais de Terras (MRT):
Vale do Canindé, com 26 municípios;
Serra da Capivara (21);
Serra do Quilombo (14);
Vale do Rio Gurgueia (15);
Vale do Rio Piauí (12);
Norte Piauiense (13);
Sudeste Piauiense (40);
Vale do Marataoã (15);
Médio Parnaíba (19);
Vale da Carnaúba (32);
Teresina (9)
Planície Litorânea (8)
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