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23 de ago. de 2023

População deve ficar atenta ao aparecimento de escorpiões; veja cuidados

 

A população deve ficar atento com as picadas de escorpião, que podem até mesmo levar a morte, como no caso registrado no último dia 17 de agosto quando o idoso Raimundo Cardoso morreu em São João do Arraial.

Para quem já foi picado, os sintomas são inesquecíveis. “Pense em um bicho que tem uma picada terrível, em menos de cinco minutos o corpo começa a adormecer, da perna até face”, informou Davi.

Ele já foi picado duas vezes no interior do Piauí e nas duas ocasiões estava distante de uma unidade de saúde. “Começou uma dormência nos pés, começou a subir pelas costas e 15 minutos depois estava com dormência até no rosto e durou por quase 48h”, explicou.

Segundo os especialistas, esses animais costumam procurar locais onde há acúmulo de pedras, tijolos, entulho e lixo, principalmente ambientes que atraem insetos, como baratas, que são animais que eles se alimentam, por isso é importante evitar o acúmulo de entulho. No Brasil existem mais de 160 espécies, e o escorpião amarelo é o mais comum e é localizado até mesmo em áreas urbanas.

O biólogo e doutor em imunologia Paulo Henrique Pinheiro, afirmou que a maioria das vítimas não morre.

“O veneno do escorpião é uma neurotoxina. Quando você é picado pelo escorpião, a ação é imediata do veneno, dói bastante, esse veneno tende a se instalar primeiro nos pulmões. Cerca de 87% das pessoas que são picadas, vão ter dor, ter febre, mas não vão morrer da picada. A primeira ação do veneno é no pulmão, e quando chega lá desencadeia uma resposta imune e essa resposta faz com que ele fique inchado, cheio de líquido e dificultando a respiração. Depois ocorre uma cascata de eventos imunológicos que faz com que o coração não seja afetado, os casos mais graves ocorrem aí, quando as pessoas são mais sensíveis ao veneno e ocorre um choque, e o coração perde força para bombear o sangue”, explicou.

No Brasil são mais de cerca de 150 mil picadas no ano. Quem for picado precisa procurar uma unidade de saúde. “O tratamento é lavar com água e sabão, e procurar uma unidade de pronto atendimento, que provavelmente lá terá um soro antiescorpiônico”, informou.

 


Bárbara Rodrigues e Idria Portela
redacao@cidadeverde.com

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