A 15ª Cúpula do BRICS entrou em seu segundo dia de reuniões em Joanesburgo (África do Sul), onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu mais um discurso elogiando a força coletiva do grupo. Lula enfatizou que os pedidos de entrada no bloco refletem o reconhecimento de sua crescente importância.
"Hoje, os Brics estão plenamente consolidados como marca e ativo político de valor estratégico. A participação de dezenas de chefes de Estado e governo na sessão ampliada [que acontecerá nesta quinta-feira (24)] representará um feito histórico", proclamou o presidente. "Representamos 41% da população e somos responsáveis por 31% do PIB global em paridade do poder de compra", exemplificou.
Alinhado com seu discurso na terça-feira (22), Lula abordou novamente a questão de criar uma moeda única para simplificar transações e pagamentos de dívidas entre os países membros do BRICS. Ele também reiterou sua posição contra o que ele denomina "neocolonialismo verde", em que nações mais ricas exploram questões ambientais para exercer controle sobre as menos afluentes.
"O interesse de vários países em aderir ao agrupamento é reconhecimento de sua relevância crescente. Também teremos no G20 uma troika só com membros do BRICS, no período 2023 a 2025. Trata-se de mais uma oportunidade para avançar as preocupações do Sul Global com as desigualdades e com o desenvolvimento sustentável," apontou.
Expansão do BRICS em discussão
Um ponto central da agenda desta cúpula é a expansão do bloco BRICS. A primeira expansão ocorreu em 2011 com a inclusão da África do Sul. Desde então, o bloco recebeu mais de 20 pedidos oficiais de adesão; alguns desses pedidos estão mais avançados, recebendo apoio da Índia e da China.
Países que expressaram interesse em se juntar ao bloco incluem Argélia, Argentina, Arábia Saudita, Bangladesh, Bahrein, Belarus, Bolívia, Cuba, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Honduras, Indonésia, Irã, Cazaquistão, Kuwait, Marrocos, Nigéria, Palestina, Senegal, Tailândia, Venezuela e Vietnã.
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