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26 de ago. de 2023

Facção criminosa ameaça de morte dois policiais penais no Ceará

 Foto: Polícia Federal 

Dois policiais penais do Estado do Ceará foram ameaçados de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com o site do jornal O povo, o PCC possui uma "franquia" no Ceará e os agentes marcados para morrer teriam desagrado integrantes da facção que estão presos no Estado.

A informação é confirmada pelo site do Diário do Nordeste. De acordo com a publicação, os nomes e fotografias dos dois policias penais foram encontrados num troca de mensagens, em uma rede social, entre membros do PCC.

Com a interceptação das mensagens, os policias penais foram avisados e as ameaças não foram concretizadas.

De acordo com a investigação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), da Polícia Federal, a célula cearense gerenciava o tráfico de armas, drogas e planejava a morte de dois agentes do Sistema Penal do Ceará.

A investigação resultou na operação SYNTONOS realizada essa semana no Ceará para cumprir um mandado de prisão e cinco de busca e apreensão em Fortaleza e Sobral.

Entre os alvos da operação estão duas mulheres, cujas identidades não foram reveladas pela PF. Uma foi presa no bairro Praia do Futuro, os endereços ligados a uma segunda mulher foram alvo de mandados de busca e apreensão.

Esse segundo alvo já responde a ação penal pelo crime de tráfico de drogas, ela teria sido presa no início deste ano mas foi solta com o uso de tornozeleira eletrônica. ambas são suspeitas de integrar e gerenciar o núcleo financeiro e do tráfico de drogas da organização criminosa no Ceará.

Se confirmadas as suspeitas, as duas mulheres podem responder por tráfico de drogas, tráfico de armas de fogo e constituição de organização criminosa armada, cujas penas, somadas, superam 30 anos de prisão.

A operação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), da Polícia Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).

As ações policiais desencadeadas na FICCO são produto da cooperação interagências, com foco na inteligência de segurança pública, e contaram com a participação do Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (BEPI) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), ambos da Polícia Militar do Ceará.

A operação recebeu o nome SYNTONOS, que remete ao termo “sintonia”, utilizado pela organização criminosa paulista para se referir aos “departamentos” ou “setores específicos” no organograma do grupo criminoso.

 

Adriana Magalhães
Com informações da Polícia Federal e dos portais O POVO e Diário do Nordeste

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