Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente realiza trabalho de campo para investigar as circunstâncias da morte do cachorro que foi atropelado e jogado no caminhão de coleta do lixo. O caso aconteceu na última quarta-feira (14), no bairro Novo Horizonte, na zona Sudeste de Teresina.
Segundo o delegado Willame Moraes Costa, titular da DPMA, a investigação reuniu imagens de câmara de segurança da rua e é possível constatar que o animal foi jogado ainda com vida, no compactador do caminhão. "O cachorro ainda estava vivo e é possível ver ele se mexendo", disse o delegado.
A busca pelo corpo do animal levou a equipe que investiga o caso até o lixão, onde é depositado todo o lixo doméstico coletado na capital. "Estivemos ontem (15) no Lixão para buscar o corpo do animal para perícia, mas não foi possível localizá-lo", afirmou o delegado.
No lixão a equipe da Delegacia foi informada que devido a grande quantidade de lixo, que é recolhido todos os dias, não é possível afirmar, com exatidão, onde o corpo do animal poderia estar. "Vamos chamar para depor aqui na delegacia um representante da empresa que faz a coleta de lixo e um representante do Lixão, para que eles possam explicar porque não é possível localizar o corpo do animal", adiantou o delegado.
Ainda ontem (15) moradores da rua onde o cachorro foi atropelado e morto estiveram na delegacia para prestar depoimento.
Os moradores informaram ao delegado Willame que o cachorro vivia na rua há mais de 10 anos, que era um animal idoso e que recebia água e alimentação dos moradores do local.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Os três funcionários que integram a equipe que realizava a coleta de lixo no bairro Novo Horizonte, quando um cachorro foi atropelado e seu corpo foi arremessado no compactador do caminhão, prestaram depoimento na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. A polícia não revelou o nome dos três funcionários.
Segundo o delegado Willame Moraes Costa, o primeiro a depor foi o motorista. Em depoimento, o motorista afirmou que não viu o animal. "Ele disse que não viu o animal. Explicou que o caminhão tem um ponto cego, que não possibilita a visão total de sua extensão. E disse que duas ruas à frente foi avisado por um dos coletores do atropelamento. O motorista disse, ainda, que não acreditou no colega, mas que tomou conhecimento da situação no dia seguinte, quando o vídeo foi colocado nas redes sociais", afirmou o delegado.
O delegado explicou que essa questão do ponto cego será alvo de perícia. "Vamos periciar o caminhão para verificar se existe mesmo esse ponto cego", explicou.
Um dos coletores também já prestou depoimento, mas o delegado ainda vai ouvir o coletor responsável por arremessar o cachorro, ainda com vida, no compactador do veículo.
Situações como nessa são comuns na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Segundo delegado Willame, em Teresina a delegacia é bastante procurada para registrar denúncias de perturbação do sossego e maus tratos aos animais. No interior, as principais denúncias são relacionadas a queimadas, desmatamento, contaminação do solo.
Adriana Magalhães
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