De forma dramática, o Brasil se despediu do Mundial Sub-20 neste sábado, ao perder para Israel por 3 a 2 na prorrogação. Após empate de 1 a 1 no tempo normal, a seleção do técnico Ramon Menezes abriu vantagem no tempo extra, mas acabou tomando a virada e amargando a eliminação da competição.
Créditos: Lesley Ribeiro/CBF
Com a queda, a seleção perde a chance de buscar o seu sexto título do torneio.
O santista Marcos Leonardo fez o gol do Brasil no tempo regulamentar, mas o empate veio com Khalaili. Após os 90 minutos, foi a vez de Matheus Nascimento, do Botafogo, fazer 2 a 1, mas Shibli deixou tudo igual. Ainda na etapa inicial, Turgerman fez o gol da vitória.
Mas a etapa final da prorrogação teve contornos dramáticos. O zagueiro Jean tocou a bola com a mão na área e o juiz deu pênalti. Madmoun cobrou, Kayke espalmou, e na disputa do rebote, o árbitro deu outra penalidade contra o Brasil.
O cobrador mudou, Ibrahim foi para o tiro livre, mas chutou para fora.
A seleção de Israel volta a campo agora nesta quinta-feira para disputar as semifinais da competição. A equipe do técnico Ofir Haim vai esperar o vencedor do confronto entre Estados Unidos e Uruguai, que se enfrentam neste domingo.
O Brasil quase balançou a rede no início do jogo com o centroavante santista Marcos Leonardo. Ele avançou pelo meio, achou espaço para o chute e arriscou uma finalização de meia distância que assustou o goleiro Tzarfati.
No entanto, esse panorama não se sustentou por muito tempo. Com uma forte marcação, os israelenses inibiram a criação dos jogadores brasileiros e o confronto ficou equilibrado e concentrado no meio-campo.
O jogo ficou tenso e o Brasil seguiu mostrando dificuldades em campo. Sem organização, os lances de perigo saíram em função de jogadas individuais.
Na melhor oportunidade, Savio realizou boa trama pela direita e cruzou no segundo pau. Marquinhos escorou o cruzamento e obrigou o goleiro de Israel a evitar gol certo com uma defesa de puro reflexo.
Na volta do intervalo o Brasil abriu o placar em um lance de oportunismo de Marcos Leonardo. Mesmo pressionado por dois marcadores, ele recebeu a bola de Matheus Martins e chutou de primeira para fazer 1 a 0, aos dez minutos.
A vantagem, no entanto, não durou muito. Logo na sequência, Kancepolsky avançou pelo lado esquerdo e jogou na área. Khalaili se antecipou à marcação e, numa bela cabeçada, empatou a partida
Israel sentiu o ritmo forte da partida e recuou suas linhas à espera do Brasil. Ramón Menezes mexeu na equipe e tornou a seleção mais veloz.
Depois de dar um susto no goleiro em cobrança de falta de Marquinhos, o time brasileiro desperdiçou a chance do segundo gol em cabeçada de Matheus Nascimento que a defesa salvou.
O final do tempo normal foi de pressão do Brasil no ataque enquanto Israel apenas se defendeu à espera da prorrogação.
Apesar do volume de jogo no campo ofensivo, a seleção do técnico Ramon Menezes não conseguiu furar a retranca rival. No último lance, Jean chutou livre na grande área, mas a bola foi interceptada e o jogo acabou empatado.
A prorrogação teve início já com bola na rede. E para os dois lados. No primeiro minuto, o Brasil entrou tocando a bola na área inimiga e Andrey deu uma assistência de letra para Matheus Nascimento tocar rasteiro e fazer 1 a 0.
Como no tempo regulamentar, Israel deu o troco logo depois. Em um ataque pela direita, a bola foi cruzada na pequena área do Brasil e ninguém fez o corte. O atacante Shibli fechou pela esquerda e, com toque para o gol vazio, voltou a deixar a partida empatada: 2 a 2.
A virada veio ainda no primeiro tempo da prorrogação com Turgeman. Ele aproveitou uma rebatida na área, cortou dois defensores e bateu de pé esquerdo para virar a partida: 3 a 2.
Na volta do intervalo, o drama brasileiro aumentou com o toque de mão de Jean na área. Madmoun cobrou, Kayke defendeu e, na dividida pelo rebote, o juiz marcou nova penalidade contra a seleção brasileira.
Quem foi desta vez para a cobrança foi Ibrahim, mas a estrela do goleiro brasileiro brilhou novamente.
O jogador israelense mandou a bola para fora desperdiçando a chance de fazer 4 a 2. No final, o Brasil pressionou, mas desorganizado, parou na retranca rival e amargou a eliminação.
Fonte: Estadão Conteúdo
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