Foto: Ricardo Stucker/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em discurso no evento com sindicatos em referência ao Dia do Trabalho, em São Paulo, nesta segunda-feira (1), voltou a criticar publicamente a taxa básica de juros e culpou a Selic pelo desemprego no País. O petista ainda exaltou os trabalhadores, relembrou o discurso de domingo (30) em rede nacional, em que anunciou aumento do salário mínimo e a progressão da faixa de isenção do imposto de renda.
Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a alta taxa de juros, hoje em 13,75%, existe para frear a alta inflação. No entanto, a taxa arrefece a economia, diminuindo a oferta de emprego e aumento de renda. Esta taxa, segundo Lula, tem parte pela falta de crescimento do Brasil.
"A gente não poder viver mais em um país aonde a taxa de juros não controla a inflação, ela controla, na verdade, o desemprego nesse país porque ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje", afirmou. "Daqui pra frente, o trabalhador receberá, além da inflação, a média do crescimento do PIB", falou Lula.
Lula disse que quando o salário mínimo aumenta, o comércio de rua tem crescimento, e, assim, a indústria tem mais demanda, o que gera mais emprego, fortalecendo a "roda gigante da economia" e "todo mundo começa a ganhar, até os ricos criam com o aumento do salário mínimo", afirmou.
O presidente aproveitou a data para alfinetar o seu antecessor. Falou que o Brasil pode voltar a ser alegre, em referência ao país antes do governo Bolsonaro. "Nosso povo não vai permanecer vítima do ódio", disse.
Insenção de Participação de Lucros e Resultados (PLR)
O presidente também afirmou no discurso que os trabalhadores podem ter Participação de Lucros e Resultados (PLR), dizendo que o governo teme estudado a medida já para o próximo ano. "Se o patrão não paga imposto de renda sobre o lucro, se o patrão não paga imposto de renda sobre dividendo que ele recebe, por que que os trabalhadores tem que pagar imposto no PLR?", disse.
Paridade salarial entre homens e mulheres
Durante o discurso, o presidente também afirmou que o governo enviou um projeto de lei para garantir "de verdade, sem vírgula e sem ponto", que as mulheres devem ganhar o mesmo que os homens, caso façam o mesmo trabalho.
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