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30 de mai. de 2023

Gaeco cumpre mandados em Teresina em operação contra fraudes no Maranhão

 


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  • GAECO_4.jpegRenato Andrade e Divulgação/Gaeco-MA
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O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão em Teresina na manhã desta terça-feira (30) durante os trabalhos da operação Tríade, que investiga fraudes em licitações no município de Santa Inês, no Maranhão. 

A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita dos crimes de fraude em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. 

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, que também determinou o afastamento do prefeito de Santa Inês, Luís Felipe Oliveira Carvalho, conhecido como Felipe dos Pneus. 

Em Teresina, um dos alvos dos mandados é uma faculdade particular na avenida Dom Severino, na zona Leste da capital. Equipes da Polícia Rodoviária Federal deram apoio aos homens do Gaeco. Os funcionários da faculdade foram retirados do interior do prédio até o encerramento da Operação.

Os advogados da empresa estiveram no local, mas preferiram não se manifestar. 

Além de Teresina, também foram cumpridos mandados nas cidades maranhenses de Santa Inês, São Luís, Raposa, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Pinheiro, Codó, Davinópolis, Governador Newton Belo

O caso 

A investigação teve início a partir do encaminhamento de provas compartilhadas pela Polícia Federal após a Operação Free Rider, realizada em abril de 2022. O material compartilhado demonstrou um esquema de montagem e direcionamento de licitações nas quais as empresas contratadas pelo Município de Santa Inês pagavam propina em benefício do prefeito e de pessoas ligadas a ele.

O aprofundamento das investigações pelo Gaeco permitiu a obtenção de provas que revelaram o envolvimento de várias pessoas físicas e jurídicas que atuavam em conjunto para desviar recursos públicos por meio da Prefeitura de Santa Inês, gerida por “Felipe dos Pneus”.

O esquema contava com a chefia do prefeito, com a atuação de dois articuladores, que montavam as licitações fraudulentas e controlavam o repasse de propina. Eles contavam com a colaboração de servidores comissionados ligados à Prefeitura, para garantir a aparência de licitude das contratações, bem como com empresas beneficiárias e intermediárias e seus respectivos sócios.

Juntos, os investigados desviaram cerca de R$ 55 milhões do dinheiro público que deveria ter sido destinado à manutenção das necessidades básicas da comunidade local. As fraudes envolviam contratos de fornecimento de medicamentos e materiais de saúde, de recuperação de estradas vicinais e de serviços de engenharia para a Prefeitura, entre outros.

 

Natanael Souza e Adriana Magalhães (Com informações do Gaeco MA)
redacao@cidadeverde.com 

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