Palmeiras e São Paulo continuam oscilantes na temporada. Os rivais fizeram um clássico sonolento, o primeiro do Campeonato Paulista, e empataram sem gols no Allianz Parque neste domingo à tarde, dando sinais de que podem demorar para deslanchar por problemas diferentes.
Foto - Cesar Greco - Palmeiras
Foi um Choque-Rei disputado e com de temperatura elevada, mas de futebol pobre.
O Palmeiras, sem se reforçar, continua sentindo falta de Danilo e Gustavo Scarpa, e o São Paulo ainda não conseguiu o entrosamento ideal depois da reformulação no elenco.
O time tricolor jogou na defesa e, de certa forma, viu sua estratégia ser bem-sucedida, já que conseguiu o que queria: um ponto. O anfitrião atacou, insistiu, principalmente no segundo tempo, em que teve um gol anulado, mas foi ineficaz.
Com seu elenco enfraquecido e sem contratações por enquanto, a equipe de Abel Ferreira encontra dificuldades para repetir o futebol que o consagrou nos últimos dois anos, de intensidade e agressividade. Do
Palmeiras e São Paulo têm campanhas idênticas no Paulistão, com cinco pontos cada, fruto de dois empates e uma vitória na competição do qual foram os últimos finalistas em 2022.
Foi sonolento o primeiro clássico do Campeonato Paulista 2023. Muita briga, reclamação, mas pouco futebol jogaram Palmeiras e São Paulo no Allianz Parque. O plano dos visitantes foi o mesmo adotado todas as vezes em que foi à arena palmeirense: defender-se, esperar o rival e tentar encaixar contra-ataques.
A postura do Palmeiras também não mudou de 2022 para este ano. Ocorre que sem Danilo e Gustavo Scarpa, o time perdeu intensidade e criatividade. Não tem mais o jogador que o jogador que fazia o jogo fluir no meio de campo e seu armador que muitas vezes resolveu partidas na bola aérea ou por meio das assistências.
Não houve inspiração de nenhum dos lados. Gabriel Menino e Raphael Veiga, em arremates de fora da área, foram os que chegaram mais perto de marcar pelos anfitriões. Pela equipe tricolor, Wellington Rato levou perigo em falta que Weverton espalmou. Foi a única vez em que trabalhou o goleiro palmeirense
O jogo esquentou no segundo tempo. Foi quente na temperatura, com sensação térmica de 34°C e em campo à medida que o Palmeiras intensificou a pressão.
Os donos da casa até foram às redes com Rony, mas o gol foi invalidado porque o camisa 10 estava impedido. Houve uma sequência de reclamações contundentes dos palmeirenses com a árbitra Edina Alves.
Até que o jogo esfriou de novo e o panorama voltou a ser o que foi na primeira etapa. Erros de passe em profusão, bolas longas inócuas e finalizações erradas dos dois lados, sobretudo do Palmeiras, que foi quem mais tentou.
A árbitra avaliou não ter sido pênalti o pisão de Arboleda em Piquerez dentro da área. Depois, foi alvo de mais questionamentos dos palmeirenses, indignados com marcação de algumas faltas para os são-paulinos. Houve, nos últimos minutos, uma pressão final do Palmeiras em busca da vitória, que, porém, não veio.
Foram muitos cruzamentos e finalizações ruins, facilitando o trabalho da defesa são-paulina. Os reservas acionados por Abel Ferreira no fim em nada contribuíram. O São Paulo também tentou, mas não encaixou um contragolpe perigoso.
O Palmeiras volta a jogar na quarta-feira e o São Paulo, na quinta. O time alviverde visita o Ituano em Itu. A equipe tricolor recebe a Portuguesa no Morumbi. Este duelo fechará a quarta rodada do Estadual.
Fonte: Estadão Conteúdo
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