O deputado estadual Henrique Pires (MDB) classificou como “absurdo” e "contrassenso" a decisão do presidente Lula (PT) em extinguir a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e transferir as atribuições do órgão para os ministérios das Cidades e da Saúde.
A equipe da saúde no governo de transição havia sugerido que as atividades da Funasa fossem divididas entre as pastas da Saúde e das Cidades para evitar duplicidade de ações. Para o parlamentar piauiense, porém, a proposta é um erro.
“Isso acaba com o saneamento em pequenas comunidades, pequenos municípios e favorece apenas os grandes centros e as grandes empresas. Isso prejudica o Piauí, o Nordeste e quem é pobre”, avaliou o parlamentar piauiense.
Ex-presidente do órgão por duas vezes, Henrique Pires lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou algo semelhante, mas voltou atrás após ser convencido pelo então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil).
O deputado estadual acredita que o Congresso Nacional deve “agir firmemente” contra a Medida Provisória (MP) assinada pelo presidente um dia após a posse mas que só deve entrar em vigor no próximo dia 24 de janeiro.
“É inadmissível quando um governo popular volta ao poder, como é intitulado o governo do presidente Lula, e você acabar com o único instrumento que efetivamente leva saneamento para quem é humilde e pequenas localidades”, disse o emedebista.
A Funasa foi criada em abril de 1991. O órgão era alvo de partidos políticos por executar obras de saneamento em pequenos municípios. O temor agora é de essas siglas reajam negativamente à medida.
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