O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado a antecipar para esta semana o anúncio do ex-ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro como novo ministro da Defesa. A ideia é que o dirigente petista anunciasse os primeiros nomes de sua equipe ministerial na terça-feira (13).
Além do simbolismo do dia ser o número do PT na urna eletrônica, ocorreria após a diplomação da chapa vencedora, marcada para a segunda-feira (12). Diante da resistência dos atuais comandantes das Forças Armadas ao novo presidente, no entanto, Lula foi recomendado por um grupo de aliados a antecipar o anúncio do ministro da Defesa para acelerar o processo de escolha dos novos titulares do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.
"O presidente deve começar amanhã a divulgar [nomes]. Ele estava querendo deixar para depois da diplomação, mas tem muita especulação, muita coisa. Aquilo que ele já tem certeza, que está certo, ele quer divulgar amanhã", afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que vai se reunir com Lula ainda nesta quinta (8).
A assessoria de imprensa de Lula afirmou que o presidente eleito irá conversar com a imprensa na manhã de sexta (9) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, sede do governo de transição.
Lula poderá anunciar amanhã o nome de alguns ministros (Foto: REUTERS/Adriano Machado) Para um dirigente petista, a tentativa de golpe ocorrida no Peru, que levou à detenção do presidente Pedro Castilho, também seria um indicativo da necessidade de se adotar cautela e de fazer um aceno público de tranquilidade a integrantes das três forças.
Lula, no entanto, de acordo com aliados próximos, ainda não tomou uma decisão. Ele ficou de definir se antecipará o anúncio até o final desta quinta-feira (8). Para terça-feira (13), são aguardados os anúncios dos próximos ministros da Fazenda, Justiça e Casa Civil. Os principais cotados são, na ordem, Fernando Haddad, Flávio Dino e Rui Costa.
O PT já foi informado que deve ficar com menos de um terço do comando do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, diante da necessidade do presidente eleito de acomodar partidos aliados, tanto que o apoiaram na disputa eleitoral como que são estratégicos para a aprovação da PEC do Estouro.
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