Nomeada nesta segunda-feira (12) como presidente interina da Fundação Municipal de Saúde (FMS), a enfermeira Clara Leal afirmou que a situação da saúde na capital não é tão catastrófica como é mostrada. Ela reconhece que o momento é difícil, no entanto, não é uma exclusividade da Fundação.
“Claro que é um momento de muitas dificuldades, mas eu, sinceramente, ainda acho que a situação não é tão catastrófica como as vezes é colocado. Se a gente pensar bem, essas dificuldades não são exclusivas da FMS. Dificuldades financeiras, orçamentárias”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.
Clara Leal assumiu o cargo no dia em que dois setores da Maternidade Wall Ferraz foram interditados pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Recentemente, o Hospital do Buenos Aires foi interditado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Para a presidente, a prioridade agora é pagar os fornecedores.
“A nossa prioridade nesse momento é efetuar o pagamento dos fornecedores cujo débito foi contraído pelos hospitais. É um recurso já garantido. Estamos nesse momento levantando os processos pendentes de pagamento. Paralelo a isso, nós também estamos levantando outras dívidas que não sejam dos hospitais, mas que sejam da FMS, para que a gente possa ver com a prefeitura o aporte financeiro para ir diminuindo”, destacou, ressaltando que os fornecedores precisam receber para continuar abastecendo os hospitais.
“Eu entendo que todas as instituições, sejam públicas ou privadas, têm endividamento. Precisa a gente saber, na verdade, qual é o montante desse débito e o lapso temporal dele. Uma coisa é a gente dever os fornecedores há um mês, outra coisa é estar devendo há 6 meses. Os fornecedores precisam honrar seus compromissos para poder continuar fornecendo”, acrescentou.
Sem riscos até o momento
Clara Leal garantiu que a situação, no momento, não traz risco para a população. “A gente tem a preocupação com o abastecimento da rede como um todo. Tem sido uma grande dificuldade, mas essa dificuldade não chegou ao ponto de colocar em risco a vida da população. No momento que não foi possível se adquirir por processo licitatório, os hospitais foram adquirindo de tal forma que pudesse dar garantia a população de toda assistência que precisa”, informou.
A nova presidente disse que assume o cargo com humildade. “Eu recebo essa missão com muita humildade. Sou servidora dessa instituição há muitos anos. Sou servidora efetiva e gente está sempre disposta a contribuir. Eu tendo que a FMS é uma instituição que presta relevantes serviços, e não só ao município de Teresina, mas a outros municípios do nosso estado e até de outros estados”, finalizou.
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