Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
As máscaras estão de volta em aviões e aeroportos. A regra que torna obrigatória a utilização do item entra em vigor nesta sexta-feira (25).
A decisão foi tomada no início desta semana pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) devido ao recente avanço da Covid no país. A proteção havia deixado de ser exigida nesses ambientes em agosto deste ano, quando o uso passou a ser apenas uma recomendação. Entenda o por que a agência retomou a medida e quais são as regras a partir desta sexta.
Por que as máscaras voltaram a ser obrigatórias em aviões?
O Brasil tem visto, recentemente, um aumento na média móvel de casos de Covid. O crescimento, em relação a dados de duas semanas atrás, chegou a bater 300%. A média móvel de mortes também voltou a apresentar saltos.
O diretor da agência, que fez a proposta do retorno, comentou, em seu voto, as características de confinamento, grande circulação e aglomeração de pessoas de diferentes origens em aeronaves e aeroportos, sendo assim um ambiente propício para contágio.
Quando tenho que voltar a usar a máscara em aviões?
A partir desta sexta-feira (25).
E o serviço de bordo? Não haverá mais?
Esse serviço funcionará normalmente. Segundo a resolução da Anvisa, as pessoas podem retirar a máscara para se hidratar e para comer durante o serviço de bordo. O mesmo vale para áreas dentro do aeroporto.
Todo mundo precisa a máscara?
Sim, praticamente todo mundo. Somente estão dispensados do uso pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiência sensoriais ou com deficiências que não possibilitem um uso adequado das máscaras.
Crianças menores de 3 anos também não precisam usar máscara.
Posso usar qualquer máscara?
Não, segundo a Anvisa. A agência afirma que não são permitidas máscaras de acrílico ou de plástico, as com válvulas e também "face shields" (placas que cobrem o rosto) usados sem uma máscara associada.
A Anvisa também cita a proibição de uso de lenços, bandanas ou de outros materiais como máscara. Por fim, máscaras não profissionais com apenas uma camada de proteção também não são permitidas, segundo a agência.
Vale lembrar que para um uso adequado, a máscara deve cobrir o nariz e a boca e estar bem ajustada ao rosto, para evitar vazamentos.
Desde quando as máscaras não eram mais obrigatórias em aeroportos e aviões?
Em agosto deste ano, a Anvisa havia determinado o fim da obrigatoriedade.
Como as máscaras protegem contra a infecção?
O conhecimento sobre a proteção das máscaras para evitar infecções cresceu muito no primeiro ano da pandemia, e não há mais dúvidas de que a máscara é capaz de diminuir a transmissão do Sars-CoV-2.
As evidências a favor do uso de máscar as tanto na proteção individual como para impedir a propagação no ar de partículas virais já foram bem demonstradas. Assim, as máscaras protegem tanto diretamente, funcionando como uma barreira física contra as gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar, quanto filtrando o ar que pode estar repleto de micropartículas aerossóis (invisíveis a olho nu) contendo o vírus.
A capacidade protetora das máscaras varia conforme o tipo de material utilizado e a trama. Um estudo feito pela USP avaliou a eficiência de filtragem de diferentes tipos de máscaras vendidos no Brasil e concluiu que as máscaras N95 ou PFF2 são as mais indicadas, com eficácia acima de 98%, seguidas pelas de TNT ou cirúrgicas (entre 80% e 90%), e por fim as de pano, com média de 40%. As máscaras de tricô, com tramas abertas ou com tecidos sintéticos como lycra e microfibra não são eficazes na proteção (por volta de 15%).
Uma outra pesquisa feita nos Estados Unidos apontou para uma eficácia de até 95% ao combinar uma máscara cirúrgica por baixo de uma de pano.
No sentido coletivo, se todas as pessoas em um ambiente fechado estiverem usando máscaras, a chance de transmissão do vírus é reduzida em até 70%, segundo um artigo publicado na revista Aerosol Science and Technology.
Estou vacinado contra a Covid. Devo continuar usando máscaras?
Sim. Em geral, as vacinas contra Covid foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte, mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo pessoas vacinadas podem contrair o vírus e adoecer, por isso é importante continuar usando máscaras após a imunização.
No entanto, a chance de um vacinado se infectar com a doença é menor do que a de quem não recebeu nenhum imunizante, e o tamanho dessa proteção varia de acordo com a vacina utilizada.
Fonte: Folhapress
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