Para Mônica, as pessoas devem continuar se vacinando não só contra a covid-19, mas atualizando a caderneta de vacinação também para outras doenças. Afinal, diz ela, a vacinação também é um ato coletivo de cuidado com o outro.
“A vacina vai muito além de te proteger contra doenças, ela protege a sociedade. A baixa cobertura vacinal está nos colocando em risco real. Nova York teve um caso de pólio esta semana. A gente teve em Israel, outro [caso] na Inglaterra, em alguns países da África. Nós estamos com cobertura da pólio baixíssima e, se a gente não voltar a vacinar como antes, nós vamos ter pólio e sarampo de novo. Não é uma brincadeira: a gente precisa que todo mundo faça seu papel como cidadão e tenha responsabilidade também com os outros. A decisão de não se vacinar também atinge outras pessoas”, afirmou.
“Qualquer sociedade civilizada entende que o interesse coletivo prevalece sobre direitos de escolhas individuais. Vacinação é um ato coletivo”, observou.
Riscos
Quase seis milhões de pessoas deixaram de completar o seu esquema vacinal contra a covid-19 no Rio Grande do Sul, revela levantamento divulgado esta semana pelo governo gaúcho. Em São Paulo, cerca de 2,4 milhões de pessoas ainda não tomaram sequer a segunda dose de imunizante e outras 19,4 milhões de pessoas já estão aptas, mas não retornaram aos postos para tomar as doses de reforço. No mês passado, o governo do Rio de Janeiro apontava seis milhões de faltosos acima dos 18 anos que não haviam recebido quaisquer doses de reforço no estado.
Deixar de completar o esquema vacinal é se colocar em risco. Com o vírus da covid-19 ainda em alta circulação no Brasil, tomar as doses de reforço disponíveis nos sistemas de saúde significa fortalecer os níveis de proteção contra a doença, inclusive contra as subvariantes da Ômicron, que já respondem pela maior parte dos casos confirmados no país.
Levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde e divulgado no último dia 21 aponta que os casos prováveis de Covid-19 provocados pelas subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron - e que fizeram diversos países apresentarem uma nova alta de casos - já representam a quase totalidade das ocorrências identificadas no Brasil (96,9%).
“Todos que têm o direito a doses adicionais dos imunizantes disponíveis; os que ainda não tomaram nenhuma dose devem procurar os postos de vacinação o quanto antes: o reforço vacinal é essencial para enfrentarmos o cenário epidemiológico atual e reduzir os impactos à saúde”, reforçou o instituto nas redes sociais.
A vacina contra a covid-19 fornece para o sistema imunológico ferramentas para que ele possa identificar e combater o vírus, funcionando como um reforço para as defesas naturais do corpo humano. E, ao se tomar as doses de reforço, essa proteção aumenta. Foi o que apontou estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas. Ele demonstrou, ainda, que essa proteção tende a cair após seis meses da aplicação da dose, mas, ao se tomar a dose adicional, essa proteção começa a se restabelecer novamente.
Fonte: Agência Brasil
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