O Santos foi valente, lutou muito, mas não conseguiu o que parecia mesmo impossível. Apesar da vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, está fora da Copa do Brasil.
Foto - Ivan Storti/Santos F.C
Foi eliminado, na prática, na derrota por 4 a 0 no primeiro jogo. Os visitantes, que já entraram em campo virtualmente classificado, vão conhecer na próxima terça-feira, em sorteio da sede da CBF, o seu próximo adversário nas quartas de final.
No final da partida, um torcedor invadiu o campo e tentou agredir o goleiro Cássio. Foi contido por um policial. Outros torcedores também invadiram, mas não conseguiram atingir os corintianos.
O Santos só tinha uma alternativa: partir para cima do Corinthians. Ou tentar. Isso porque, com a vantagem de quatro gols e o tempo a seu favor, o time de Vítor Pereira tinha a tranquilidade de poder apenas evitar que o adversário fizesse pressão. Podia deixar o jogo ofensivo em segundo plano.
Foi o que o Corinthians fez em praticamente toda a etapa. O time se posicionou de maneira a impedir que o Santos chegasse ao gol defendido por Cássio. E, de posse da bola, trocava passes, para tirar a velocidade do jogo.
O Santos bem que tentava. Mas só foi concluir a primeira vez contra o gol corintiano aos 21 minutos, num chute para fora de Ângelo, e teve a primeira chance de real perigo aos 27, quando Marcos Leonardo, de cabeça, exigiu de Cássio importante defesa. Ou seja, pouco para quem precisava golear.
O Corinthians não incomodava João Paulo, mas isso não importava. O que interessa mais era dificultar o caminho do Santos, fazendo com que seus jogadores se afobassem e ficassem mais nervosos à medida que o tempo passava. Até porque isso levava os santistas a se precipitarem nas jogadas.
Essa foi a tônica do primeiro tempo. O Corinthians conseguiu levar o jogo da maneira que lhe interessava e o Santos, apesar da vontade e do forte apoio da torcida, não fez o que precisava fazer: pressionar o adversário e marcar gols.
Marcelo Fernandes, interinamente no comando do Santos, não desistiu. Mexeu no meio de campo para a etapa final, para deixar o time mais ofensivo, trocando Camacho e Léo Baptistão por Sanchez e Bruno Oliveira, respectivamente.
Do outro lado, Vítor Pereira apostou em Mosquito no lugar de Giuliano. Ele percebeu que podia começar a poupar seus jogadores.
De certa forma, o jogo não mudou. Mas o Santos estava mais exposto e por isso, após um escanteio a seu favor, o rebote permitiu a Giovane partir desde o seu campo, livre, e ficar cara a cara com João Paulo.
O garoto, que havia acabado de entrar no time corintiano, porém, errou o alvo e mandou a bola para fora.
Nesta altura, o Santos já mostrava desespero. Mas em uma bola longa lançada por Sanchez, Cássio saiu para tentar parar Marcos Leonardo e derrubou o atacante. Ele mesmo bateu o pênalti no canto esquerdo do goleiro e deu um pouco de esperança ao time da Vila Belmiro.
Pouco depois, o Santos reclamou de pênalti de Gil em Marcos Leonardo, mas depois de olhar as imagens ao ser alertado pelo VAR, o árbitro Jean Pierre Gonçalves manteve sua decisão inicial de considerar o lance normal.
O jogo foi acirrado, com discussão entre os jogadores e a torcida do Santos acendendo sinalizadores e também atirando em direção à área defendida pelo goleiro Cássio. Com isso, o jogo foi paralisado.
O Santos, que tentava, mas não conseguia sufocar o frio time corintiano, perdeu ainda mais o ímpeto com a paralisação. E, embora com garra, se despede da Copa do Brasil e vê o Corinthians seguir em frente.
Fonte: Estadão Conteúdo
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