A decisão da Copa América de futebol feminino vai reunir o favorito Brasil e a anfitriã Colômbia. A vaga da seleção de Pia Sundhage veio nesta terça-feira com vitória sobre o Paraguai, por 2 a 0, em Bucaramanga.
Créditos: Thais Magalhães/CBF
Além da vaga para mais uma final, as brasileiras carimbaram o passaporte para a Copa do Mundo de 2023, na Austrália e Nova Zelândia, e para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, na França.
Graças aos gols de Ary Borges e Bia Zaneratto ainda no primeiro tempo, o Brasil buscará seu oitavo título da Copa América no sábado, às 21 horas. A seleção ergueu a taça em 1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018.
A única edição que não teve a seleção canarinha no topo foi em 2006, quando a Argentina ergueu o troféu. Vice-campeãs em 2010 e 2014, as donas da casa buscarão o primeiro título da competição.
A seleção brasileira entrou em campo com amplo favoritismo após quatro vitórias na fase de classificação e 100% de aproveitamento. As comandadas de Pia Sundhage fizeram 4 a 0 na Argentina, 3 a 0 no Uruguai, 4 a 0 na Venezuela e 6 a 0 no Peru. Incríveis 17 gols marcados e nenhum sofrido.
Mesmo com números favoráveis, a treinadora pregava cautela contra um adversário em sua visão "perigoso". Comandadas pelo brasileiro Marcello Frigério, as paraguaias apostavam na marcação forte e nos cruzamentos para a área em bolas paradas para tentar surpreender.
Nem bem o jogo começou e o Brasil já chegou no ataque. A primeira finalização veio com somente 14 segundos. A resposta saiu com defesa de Lorena e bola na trave logo depois.
O susto não intimidou a equipe verde e amarela, que dominava as ações com imposição e velocidade. Antes dos 10 minutos, Adriana e Bia Zaneratto ficaram próximas de abrir o marcador.
O primeiro gol era questão de tempo. O enorme sufoco surtiu efeito aos 16 minutos. Tamires serviu Bia Zaneratto, que não conseguiu dominar, mas ajeitou para Ary Borges acertar o chute rasteiro no canto. Comemoração efusiva e dancinha com as reservas na beirada do campo.
Bia Zaneratto, em seu 100° jogo com a camisa da seleção, ampliou em chute forte de pé esquerdo. Após roubada de bola de Antonia, a arbitragem deu vantagem em lance com entrada dura em Debinha e a jogadora do Palmeiras não desperdiçou.
O primeiro tempo terminou quente, com as paraguaias revoltadas contra a arbitragem após um cartão amarelo em falta dura que não admitiram. E o nervosismo seguiu no começo do segundo tempo.
Frigério cobrava calma de sua equipe na beira do campo, enquanto as brasileiras buscavam administrar a ótima vantagem com passes certeiros, administração da posse de bola e busca intensa do terceiro gol. Optando por ficar o máximo de tempo no ataque, evitavam passar aperto na defesa.
Mesmo com um rival marcando com linha de cinco, Zaneratto, Tamires, Duda Sampaio e Geyse tiveram boas chances. O Paraguai não conseguia mais impor resistência e pouco ameaçou a meta da goleira Lorena.
O Brasil não caprichou nas tantas oportunidades criadas, viu a artilheira Adriana carimbar o travessão no último lance, mas festejou a vaga na decisão sem grandes problemas.
Fonte: Estadão Conteúdo
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