Os serviços tiveram alta de 0,2% na passagem de março para abril, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (14). No mês anterior, o setor havia registrado avanço de 1,7%.
A estimativa mediana do mercado apontava para uma alta mensal de 0,50%. Na comparação com abril de 2021, o volume de serviços cresceu 9,4% —14ª taxa positiva consecutiva.
Transporte de passageiros teve alta (Foto: reprodução)
Com esse resultado, o setor fica 7,2% acima do registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. Entre as altas, o IBGE destaca a variação de 2,3% registrada em abril pelas atividades de transporte de passageiros —0,1% acima do nível de fevereiro de 2020.
“Depois de dois anos e dois meses, o transporte de passageiros superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia, ratificando, assim, a maior mobilidade da população, refletida no aumento das receitas das empresas que operam os transportes de passageiros nos seus diversos modais: aéreo, rodoviário e metroferroviário”, destaca o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. A atividade acumula um ganho de 27,7% entre novembro de 2021 e abril de 2022.
IBGE
Apesar do resultado positivo dos transportes de passageiro, a alta de serviços em abril ficou concentrada em dois setores: informação e comunicação (0,7%) e serviços prestados às famílias (1,9%).
Nesse primeiro, o destaque continua sendo das atividades de tecnologia da informação, que atingiram o ponto mais alto da série histórica da pesquisa. “Durante o auge do isolamento por conta da pandemia, houve uma alta demanda desses serviços e esse movimento perdura até os dias atuais, com as empresas continuando a demandar serviços como o de desenvolvimento de softwares, de aplicativos de videoconferência ou de marketing digital”, diz Lobo.
Já em serviços prestados às famílias, a maior influência veio de alojamento e alimentação. “É um resultado que vem na esteira da continuidade do processo da retomada dos serviços de caráter presencial, notadamente, os bares e restaurantes”, diz.
Do lado das quedas em abril, os destaques ficam para transportes (-1,7%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%), e outros serviços (-1,6%). “Os dois primeiros interromperam uma sequência de cinco taxas positivas seguidas, enquanto o último, com a retração, eliminou o avanço de 1,4% de março”, diz o IBGE.
De março para abril, 12 das 27 unidades da Federação registraram avanço em serviços, com a maior alta no Rio de Janeiro (1%), beneficiado pelo carnaval fora de época que aconteceu em abril.
Outros destaques locais foram Espírito Santo (3,6%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Ceará (2,4%). No lado das quedas, ficam São Paulo (-0,5%), Minas Gerais (-2,8%), Distrito Federal (-8,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).
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