Foto: Arquivo Pessoal
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) concluiu o inquérito sobre a morte do bebê Wesley Carvalho, de 1 ano e 9 meses, que desapareceu em dezembro de 2021, em Teresina. As investigações apontaram que os pais do bebê e outros cinco familiares têm envolvimento direto com a morte.
Os sete envolvidos no caso vão responder por homicídio e por ocultação de cadáver. A mãe ainda deve responder também por falsa comunicação de crime, por ter afirmado às autoridades que o bebê Wesley havia sido raptado no Centro de Teresina.
Depois de diversas diligências, pelas próprias características da execução do crime, não foi possível localizar os restos mortais da vítima. Segundo a Polícia Civil, a materialidade do crime ficou demonstrada pelos depoimentos e outros elementos informativos nos autos de inquérito policial, que foram robustos para fortalecer a conclusão do indiciamento.
“Esse crime, especificamente falando, segundo as provas que temos, que foram colhidas, essa execução exigiu pessoas. Não foi só uma pessoa. Não foi só o pai, a mãe. O crime iniciou já com uma história meio mirabolante de sequestro em uma praça”, frisou a delegada Lucivânia Vidal.
Sobre a versão apresentada pela família, de que a criança teria morrido após jejuar em um ritual, a delegada diz que a Polícia não encontrou vestígios no sítio que apontassem para a realização de algum ritual.
Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com
“Quando iniciamos essa investigação, existiu essa história. No entanto, quando adentramos no sítio, não encontramos nenhum ritual. Essa história de religião, de oração, não é crime fazer dentro de casas”, pontuou a delegada.
Segundo os depoimentos dos familiares, a criança foi morta e queimada em uma caeira. O corpo até o momento não foi encontrado por diversos motivos, segundo a delegada.
“Eles mesmo falaram que cremaram. Quando você queima um corpo e, dependendo do corpo, vira pó. Agora, como é que seu filho morre em uma rede, segundo a versão deles, seja engasgado, morte súbita.. e não leva para o hospital? Tudo isso fomos fechando nessa investigação”, acrescentou a delegada.
Seis adultos e um adolescente foram indiciados.
- Welson Carvalho, 23 anos
- Angela Valéria, 22 anos
- Chavier Pinto, 56 anos
- Maria Lindalva, 54 anos
- Caline Pinto, 20 anos (tia paterna)
- Welton, 26 anos (tio paterno
- 1 adolescente
Os indiciados encontram-se atualmente presos. Segundo a delegada, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente reforçou a representação para que eles continuem presos.
“Vai competir ao MP denunciar ou apresentar outras provas. Mas, o inquérito já foi enviado para a Justiça e a investigação continua”, completou a delegada.
Relembre o caso
O caso ganhou repercussão em fevereiro deste ano, após a família procurar a Polícia Civil e os meios de comunicação para denunciar que o bebê havia sido sequestrado em 29 de dezembro na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina.
A hipótese foi questionada pela Polícia Civil, que após iniciar as investigações passou a trabalhar com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver.
Um dos detalhes que chamou atenção dos investigadores é o fato de que a família morava na cidade de Altos, mas após o desaparecimento se mudou para Teresina.
Ao longo das investigações, pelo menos 11 pessoas envolvidas no caso foram presas ou apreendidas, entre elas a mãe, o pai e os avós paternos do bebê Wesley, além de outros familiares.
Aguarde mais informações
Nenhum comentário:
Postar um comentário