Créditos: Dids
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME) estão prevendo investimentos de cerca de R$ 50 bilhões em linhas de transmissão para fornecimento de energia do Nordeste para o restante do país nos próximos anos. O sistema servirá excepcionalmente às produções eólicas e solares que possuem recursos em tarifas que são custeados por todos os consumidores. De acordo com secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo César Domingues, o valor planejado para as linhas de transmissão no Nordeste é um recorde se considerarmos o histórico de planejamento do setor elétrico. Segundo Domingues, para a infraestrutura alcançar maior sucesso, o passo seguinte é a consolidação das instalações das linhas de transmissão no Nordeste para o Plano de Outorga de Transmissão de Energia Elétrica (POTEE) e, logo depois, coordenar e elaborar relatórios e detalhes complementares necessários.
Segundo diz a consultora Thaís Teixeira, da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), os investimentos nas linhas de transmissão no Nordeste levam em consideração um contexto de referência de expansão da capacidade instalada de fontes renováveis em 14 GW, atingindo um total de 48 GW em 2030, isso levando em consideração somente as fontes eólica e solar. Além disso, os estudos também viram a entrada de aproximadamente 8 GW de capacidade instalada de usinas termelétricas, sendo 45% nas regiões Norte e Nordeste. Esses dados mostram cerca de 3,6 GW, montante quase 4 vezes menor que o das energias renováveis.
Ainda falando de fonte de energia renovável, uma divulgação de estudos mostra que o governo permanece em uma política falha para o setor elétrico onde o foco está na produção de fontes renováveis intermitentes, em vez de prezarem por uma segurança energética utilizando fontes renováveis perenes, como o gás natural. Segundo dados, o Plano Decenal de Energia 2031 prioriza linhas de transmissão em vez de gasodutos, porém enquanto se projeta uma expansão de 19% para as linhas de transmissão a infraestrutura de gasodutos deve avançar apenas 2%. Logo, o cenário previsto mantém a decadência da introdução de gasodutos no Brasil o que faz com que a infraestrutura brasileira de gasodutos seja a menos desenvolvida entre os países da América. Diante do cenário de não utilização de fontes renováveis perenes, o Brasil, em 2021, passou pela pior crise hídrica nos últimos 91 anos. Com os volumes de reservatórios das usinas hidrelétricas, as fontes eólica e solar atenderem ao SIN (Sistema Interligado Nacional) nos horários de pico. Outrossim, o país teve que recorrer ao uso das termelétricas com custos altíssimos, acima de R$ 2.500/MWh.
Fonte: CPG.
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