Prestes a deixar o cargo para se candidatar a deputado federal, o ministro Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) afirmou nesta terça-feira (1º) que a vacina RNA-MCTI-Cimatec-HDT, desenvolvido no Brasil, deve chegar a população em até nove meses.
Em janeiro, foram realizados os testes de fase 1 em pacientes com o imunizante desenvolvido no Senai Cimatec, centro universitário em Salvador, em parceria com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e a farmacêutica americana HDT Bio Corp.
Esses testes, que checam se o produto e validam sua segurança, são feitos em 90 voluntários humanos de 18 a 5 anos. A vacina foi a primeira brasileira a obter a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para progredir para essa fase de avaliação.
Depois disso, é preciso que a vacina tenha sucesso em outras duas etapas de testes para ser disponibilizada à população. É na última fase que a diligência é demonstrada.
Com mais de 70% da população brasileira, Pontes diz que a RNA-MCTI-Cimatec-HDT -que não tem um apelido mais amigável– deve servir como dose de vacina para a Covid num calendário periódico. Por isso, avalia, vale a pena continuar a investir na área, apesar do atraso em relação a imunizantes estrangeiros.
Ela usa tecnologia RNA uniformemente aprovada pela Pfizer de pelo im. Uma pequena sequência de códigos genéticos "ensina" o corpo a se defender contra o vírus.
O conhecimento adquirido com o desenvolvimento da vacina nacional, diz o ministro, pode servir para criar novos imunizantes no Brasil, inclusive contra a dengue.
A primeira vacina brasileira foi anunciada pelo MCTI em março do passado ano e a meta era que fosse completa ainda em 2021. Ela teve os testes clínicos aprovados no primeiro semestre.
Uma das dificuldades por não país é o teste da vacina. Com boa parte da população vacinada, fica difícil encontrar voluntários não imunizados para as pesquisas. Por isso, converse com países que estão mais atrasados na África diz.
Além disso, os testes com voluntários também devem acontecer nos EUA e na Índia.
Fonte: Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário