VEJA Edição 2778
Reportagem de capa- Como a economia global vai sentir os efeitos do ataque de Putin à Ucrânia
Num delírio de grandeza e nostalgia do passado soviético, o líder russo invade o país vizinho - uma ação que, além das lamentáveis mortes, traz desdobramentos que afetam o mundo e o Brasil. E MAIS...
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ISTOÉ Edição 2718
Capa: Ué, o Brasil é vermelho nessa GUERRA?
A guerra começa, e o Brasil será afetado com mais inflação e falta de matérias primas
A invasão da Ucrânia pelos russos apavora o planeta com a perspectiva de um conflito sangrento, afeta drasticamente a economia global e já traz efeitos para o Brasil associados à alta estrondosa do petróleo e ao inevitável aumento da inflação e da pobreza. E Bolsonaro ainda não sabe de que lado está
Os piores temores da humanidade se confirmaram. A guerra na Europa começou, abrindo uma trilha sombria de sangue e destruição, que não tem prazo para acabar. Os russos invadiram a Ucrânia na quinta-feira, 24, bombardeando pelo menos 200 pontos em dez regiões, inclusive a capital Kiev, que amanheceu sob o som de alarmes e mísseis. O presidente Vladimir Putin, que autorizou o que chamou de “operação militar especial”, disse que o enfrentamento era inevitável. Também ameaçou aqueles que tentarem intervir. “A Rússia responderá imediatamente e teremos consequências nunca antes experimentadas na história”, ameaçou. Já o presidente americano, Joe Biden, que dava a guerra como certa ao longo da semana, informou que se trata de um ataque não provocado e injustificado. “O presidente russo escolheu uma guerra premeditada que trará perdas catastróficas de vidas e sofrimento”, completou. Cerca de 30 mil soldados dos Estados Unidos estão na zona de conflito. E do lado da Rússia, pelo menos 160 mil, que invadem o País pelo Norte, Leste e Sul. A Ucrânia decretou lei marcial, convocando reservistas de 18 a 60 anos, e passou a facilitar armas para toda a população de 44 milhões de habitantes. O Brasil, que começa a pagar um preço alto pelo acirramento da tensão global, não sabe de que lado está. O presidente Jair Bolsonaro acaba de voltar da região, onde beijou a mão de Putin, se disse solidário aos russos, e colocou o Itamaraty em posição humilhante e contraditória, criticada por Biden. Com uma disputa armada em andamento, ele vai aprofundar ainda mais a condição do Brasil de pária internacional.
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REVISTA OESTE Edição 101
Capa: PUTIN DESAFIA O OCIDENTE
A UCRÂNIA BALANÇA O MUNDO
Os alertas sobre o expansionismo russo sempre foram interpretados como uma espécie de teoria da conspiração de radicais da direita
Quando era candidata a vice-presidente na chapa de John McCain em 2008, uma pouco destacada Sarah Palin foi entrevistada sobre seu conhecimento de geopolítica, já que era vista apenas como a governadora de um Estado pouco relevante como o Alasca. A resposta de Palin virou piada nacional: lembrando que o Alasca faz fronteira com a Rússia, afirmou poder ver de seu Estado natal Putin invadindo a Ucrânia. Até hoje há quem creia que a governadora tenha afirmado que podia ver fisicamente a Rússia de sua casa (home), mas quase ninguém se lembrou de sua declaração quando Putin anexou a Crimeia seis anos depois.
Em um debate com o então presidente, Barack Obama, em 2012, Mitt Romney havia dito que a maior ameaça geopolítica que a América enfrentava era a Rússia. Obama soube ganhar apoio midiático e votos rindo da declaração, gracejando que seu adversário republicano queria uma política externa “dos anos 1980” de volta. Seu vice-presidente era um certo Joe Biden, então pouco conhecido no Brasil.
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CARTA CAPITAL Edição 1197
Capa: CRIME- O DESCASO, A CORRUPÇÃO E A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA PRODUZEM OUTRA TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS E MANTÉM 8 MILHÕES DE BRASILEIROS EXPOSTOS EM ÁREAS DE RISCO.
O desastre em Petrópolis é fruto de negligência e de incentivo a um desenvolvimento predatório
As cenas de moradores escavando com as próprias mãos as áreas atingidas desnudam o abandono a que estão submetidos desde sempre
Cento e oitenta e dois mortos, 89 desaparecidos. Uma semana após o temporal que arrasou Petrópolis, o Corpo de Bombeiros ainda utilizava drones e mobilizava equipes terrestres para fazer uma varredura nos rios da estância turística, na tentativa de localizar vítimas da tragédia, enquanto a população enterrava seus mortos ou procurava reaver pertences da lama. As cenas de moradores escavando com as próprias mãos as áreas atingidas por deslizamentos de terra, a despeito dos alertas de novas tempestades, desnudam o abandono a que estão submetidos desde sempre. Há exatos 11 anos, a cidade, planejada e fundada em 1843 para abrigar as férias de veraneio de Dom Pedro II e sua corte, havia sido uma das mais atingidas pelas torrentes que devastaram a Região Serrana do Rio de Janeiro, deixando o tenebroso saldo de 918 mortos no mais letal desastre natural do século XXI no País. Infelizmente, entre uma tragédia e outra, nada mudou.
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