A situação da barragem Vereda da Cruz, em Curimatá ( a 775 km de Teresina), é considerada crítica pelas autoridades municipais e estaduais. Segundo o prefeito Valdecir Júnior (PP), a situação é bastante delicada porque o reservatório da estrutura, localizada no centro urbano e próxima uma das principais avenidas local, já opera em sua capacidade máxima.
“Já abrimos as válvulas de emergência. As famílias estão na iminência de serem desalojadas caso aumente mais o volume das chuvas. A barragem comporta um volume total de 45 milhões de metros cúbicos, mas ela é interligada à Lagoa da Ipueira e à Lagoa do Sapo. Somando os três, o volume corresponde a 83 milhões de metros cúbicos de água”, disse o gestor ao Cidadeverde.com.
O prefeito ainda pontuou para a reportagem que o Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi) já se comprometeu a enviar equipes até o local para avaliar as condições da estrutura e, se necessário, executar reparos ou intervenções pontuais para reforçar a segurança do local.
Já a Secretaria Estadual de Defesa Civil garantiu que vem fazendo todo o trabalho de prevenção na cidade, com o monitoramento das áreas de risco e monitoramento climático e meteorológico naquela área, mas descartou a possibilidade de rompimento.
“As imagens impressionam, mas a barragem não corre risco de romper. Não temos dados técnicos, mas a situação é crítica por conta da quantidade de água que está extravasando. Está entrando muita água e sangrando e isso atinge alguns bairros, mas não há risco de romper, mas de sangrar e afetar famílias”, ressaltou José Augusto, secretário da pasta.
Segundo o prefeito, as chuvas que têm atingido Curimatá desde o começo do ano tem deixado as autoridades em “alerta vermelho”, por conta dos alagamentos e destruição de estradas. Além das 28 famílias, 20 da zona urbana e 8 de áreas rurais, assistidas pelo poder público municipal, o gestor informou que pelo menos outras 27 famílias já deixaram suas residências por conta própria devido a iminência de alagamento pelas chuvas, número que pode chegar a 65 segundo a Defesa Civil.
Breno Moreno
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