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4 de set. de 2021

Suspensa exportação de carne bovina à China; casos são atípicos



O Ministério da Agricultura suspendeu as exportações de carne bovina à China. A medida atende ao protocolo sanitário entre os dois países para a detecção do mal da vaca louca.

A decisão entre em vigor neste sábado (4), mostra ofício assinado pela diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ana Lúcia Viana.


Ainda não está claro quando as exportações brasileiras de carne bovina poderão ser retomadas.

Em 2019, quando o Brasil registrou o último caso atípico do mal da vaca louca, as vendas à China ficaram suspensas por 13 dias.

Brasil nunca registrou o caso clássico e mais perigoso do mal da vaca louca. (Foto: Getty Images)


O país asiático é o maior comprador da carne brasileira. Junto com Hong Kong, responde por 60% dos embarques dos frigoríficos brasileiros.

O Brasil nunca registrou o caso clássico e mais perigoso do mal da vaca louca. Casos atípicos, no entanto, já ocorreram em 2012, 2014 e 2019.

Casos são "atípicos"

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou neste sábado a ocorrência de dois casos atípicos (quando o animal desenvolve a doença espontaneamente, por idade avançada) de mal da vaca louca no Brasil. Os casos foram registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e Belo Horizonte (MG).


“Os dois casos de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina, nome técnico do mal da vaca louca) atípica - um em cada estabelecimento - foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais”, disse o ministério em nota.

No comunicado, a pasta afirma que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) “exclui a ocorrência” de casos atípicos para reconhecer o “status oficial de risco do país”. Assim o Brasil mantém a classificação “como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”.

Segundo o ministério, “todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência” da OIE.


“Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, disse a pasta.

O ministério também afirmou que notificou oficialmente a OIE sobre os casos, “conforme preveem as normas internacionais”.

Já a suspensão temporária de exportação de carne para a China, seguindo protocolos sanitários estabelecidos entre os dois países, “se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos”.

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