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9 de set. de 2021

CBF quis continuar jogo ao negociar com ministro Ciro Nogueira, diz Anvisa



Em relatório complementar sobre os eventos ocorridos no último domingo (5), o servidor público Yunes Baptista, da Anvisa, afirmou que o presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, quis continuar o jogo com a Argentina após alegar negociar com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

De acordo com o funcionário, que foi à Neo Química Arena autuar os quatro argentinos acusados de mentir para entrar no Brasil, Ednaldo o abordou por volta de 16h45 informando que estava em contato com a Casa Civil e pedindo para o servidor falar com o ministro, o que foi rejeitado por Yunes.


Anvisa interrompe o jogo entre Brasil e Argentina|Foto: Diário do Poder"Neguei o contato e informei que se dirigisse à diretoria da Anvisa, a qual me encontrava subordinado, visto que se tratava de ação sanitária e legal", afirmou o servidor.


Em sua defesa, Ednaldo diz que sequer tem o contato de Ciro Nogueira e que jamais falou com o servidor sobre esse tema. O ministro vem sendo procurado pela coluna desde sábado, mas ainda não respondeu.

Antes disso, Yunes relatou que, após entrar no gramado, membros de Conmebol, CBF e AFA realizaram interlocuções para que não entrasse em campo durante a partida. Um representante da confederação brasileira, inclusive, tentou argumentar para esperar o intervalo de jogo, pois eles seriam substituídos.


O servidor, porém, não concordou, pois não se tratava de uma negociação, e sim de uma ação legal e sanitária corretiva de descumprimento da lei - os quatro atuam no Reino Unido e entraram no Brasil sem respeitar o período de 14 dias de quarentena para os viajantes desse local. E, segundo a Anvisa, ainda mentiram na declaração de entrada no país.

Yunes acrescentou ainda que vários outros que se identificaram como dirigentes de alguma instituição perguntaram se seria possível alguma negociação, bem como outros tentaram conversas mais discretas, como o membro da comissão de governança da Conmebol, Sergio Ribas.

"Solicitou se poderia fornecer o telefone para contato de algum diretor da Anvisa ao qual estaria subordinado", afirmou o servidor.

A coluna também procurou a Conmebol para comentar as informações, mas ainda não teve resposta.

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