Foto: ascom
Na manhã desta terça-feira (2), a Secretaria de Agronegócio e Empreendedorismo Rural do Estado (Seagro) reuniu representantes da área de agronegócios do Estado para deliberar ações que possam regularizar a produção sem registro oficial e com trânsito irregular no Estado.
De acordo com a titular da Seagro, Simone Pereira, o encontro foi importante para unir forças que possam combater a comercialização irregular que, prejudica não só o Estado, com a falta de arrecadação, mas também o produtor, que sofre uma concorrência desleal e o consumidor que adquiri produtos com origem desconhecida e que podem trazer prejuízos à sua saúde.
Entre as medidas tomadas, foi discutida a criação de um Conselho Permanente de Combate e Fiscalização à Comercialização Clandestina de Produtos da Agroindústria, para não apenas combater, por meio da fiscalização e punição, mas também para identificar quem são essas pessoas que estão na clandestinidade e viabilizar meios para que eles possam se legalizar e vender os seus produtos de acordo com o que a legislação prevê.
“Hoje, a comercialização irregular é algo explícito. Você chega num banco e encontra uma banca de queijo na porta sendo vendido sem controle da Vigilância e sem saber a sua origem, se está adequado para o consumo. As carnes caprinas e suínas não têm inspeção porque alegam não se ter abatedouros suficientes. Então, vamos começar por Teresina, unir forças e criar esse conselho, além de uma campanha educativa para conscientizar a população sobre o perigo do consumo de produtos que não se sabe a origem”, esclareceu a gestora da Seagro.
O médico Roberto Matias, da Vigilância Sanitária, explicou que esses produtos comercializados clandestinamente podem trazer transtornos para a saúde, uma vez que uma série de doenças podem ser transmitidas, além de prejudicar as empresas, o clandestino não tem obrigações. “Enquanto o comerciante irregular trabalha com margem, o empresário normal tem que seguir toda aquela normatização e uma série de licenças que ele tem que tirar, enfim: o clandestino prejudica o comerciante legal”, concluiu Roberto.
Participaram do encontro representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), da Vigilância Sanitária Município, da Secretaria de Fazenda do Estado, do Conselho de Medicina Veterinária, além de produtores de lacticínios e carnes (bovina, suína e caprina).
Para Luís Brito, do segmento de carnes, essa força tarefa que está sendo levantada vai resolver o problema de todo setor agropecuário, principalmente no que se refere à comercialização de carnes. “Nós temos dados, obtidos por meio da Vigilância Sanitária do Município, de que pelo menos 15 mil animais por mês são comercializados de forma clandestinas. Então com a criação desse conselho, teremos voz e força para cobrar e mudar essa situação”, finalizou.
Da Redação
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