Foto: arquivo Cidadeverde.com
O ex-procurador geral de Justiça do Piauí, Emir Martins Filho, foi condenado a 51 anos de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público e inserção de dados falsos em sistema de informação. A investigação do Ministério Público do Piauí teve início após auditoria na própria folha de pagamento dos servidores públicos do MP que constava, por exemplo, que estagiários recebiam salários de até R$ 30 mil na época em que o réu foi chefe do órgão, de novembro de 2004 a novembro de 2008.
Além do ex-procurador, o filho dele, Tiago Sauders Martins, e um funcionário do Ministério Público, José de Ribamar Sena Rosa, também foram condenados. A Justiça também bloqueou mais de R$ 4 milhões que teriam sido desviados e determinou a devolução de mais de R$ 7 milhões.
José de Ribamar Sena Rosa teria sido responsável pela criação de um software para o pagamento dos funcionários do MP. Esse sistema geraria dois arquivos distintos: um que seria enviado para os órgãos de controle e o outro para as instituições bancárias, responsáveis pelo pagamento. Ele foi condenado a 46 anos, inicialmente, em regime fechado.
Já Tiago Sauders Martins teria recebido recursos do MP através de funcionários 'laranjas'. Ele foi condenado a 21 anos, inicialmente, em regime fechado.
A decisão é do juiz Antônio Lopes de Oliveira, que responde pela 9ª Vara Criminal de Teresina.
OPERAÇÃO IL CAPO
Em outubro de 2016, Emir Martins Filho, o filho e outros membros da família foram presos em operação IL Capo deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na época, coordenado pelo promotor Rômulo Cordão. Durante a operação foram apreendidos documentos, mídias como uma CPU, um cofre e uma mala supostamente com dinheiro.
O promotor Rômulo Cordão considerou a pena razoável diante da quantidade de crimes.
"A pena está em um patamar razoável devido a quantidade de crimes praticados e a reiteração criminosa que ocorreu nesses quatro anos, pelo menos", avalia o promotor Rômulo Cordão, que na época da denúncia coordenava o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco)", avalia Cordão.
O portal Cidadeverde.com tenta contato com os envolvidos, mas não foram localizados. O portal deixa espaço aberto para esclarecimentos.
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