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9 de jun. de 2020

Greve de ônibus: Trabalhadores ameaçam protesto na casa de Firmino Filho



A greve dos ônibus em Teresina que já dura 24 dias e não tem data para acabar mira agora o prefeito Firmino Filho (PSDB). Após o protesto que percorreu a Avenida Frei Serafim até a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE) na manhã desta segunda-feira (08/06), motoristas e cobradores do transporte coletivo ameaçam manifestação na casa do chefe do executivo municipal.

A afirmação partiu do secretário de Previdência e Assistência do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Francisco Sousa, que gravou vídeo para declarar que a greve dos ônibus segue por tempo indeterminado em Teresina e que novas manifestações serão realizadas para exigir os diretos trabalhistas.

“A manifestação vai continuar, a greve está por tempo indeterminado e no decorrer de toda essa semana nós iremos fazer outras manifestações na cidade. Se for preciso a gente vai até a casa do prefeito para ter uma grande manifestação lá e sensibilizar ele para que tome uma providência em relação a nossa situação, porque do jeito que está não tem condição de continuar”, disse o secretário.

A categoria protesta contra a demissão de 400 trabalhadores do transporte coletivo , suspensão do ticket alimentação, suspensão do plano de saúde para os trabalhadores e dependentes e um conjunto de ações anunciadas pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), como o congelamento dos salários de motorista e cobradores durante um ano.


O Sintetro questiona agora o repasse que é realizado pelaPrefeitura de Teresina para subsidiar o transporte. Para o secretário de Previdência e Assistência do Sintetro, o valor deveria ser repassado para o pagamento dos trabalhadores. “A gente quer que o prefeito suspenda o repasse que ele está dando todos os meses para as empresas e que pague os trabalhadores. Os trabalhadores não estão recebendo nada, mas as empresas todos os meses recebem da Prefeitura mais de R$ 1 milhão de subsídio da passagem. Como os empresários têm esse direito se eles não estão transportando passageiros, se o transporte coletivo não está funcionando?”, questiona Francisco. 



A casa do prefeito Firmino Filho foi alvo de protestos no dia 1 de junho, quando empresários pediram a reabertura das atividades comerciais na cidade. O ato gerou revolta no gestor e em lideranças política, como o governador Wellington Dias (PT). Nas redes sociais, Firmino disse que a manifestação em sua residência foi “um desrespeito não apenas à minha mulher e aos meus filhos, mas também aos meus vizinhos, que há década me conhecem e são testemunhas do respeito que sempre tive pelo espaço privado das famílias”.

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