O governador Wellington Dias (PT) criticou de forma dura os municípios que já flexibilizaram o isolamento social de forma desordenada e abriram parte de suas atividades econômicas. Segundo ele, nenhuma cidade do estado é uma ilha, portanto, o gestor não pode afirmar que a situação está controlada. Até o começo da tarde desta terça-feira (9), onze prefeituras informaram a Associação Piauiense de Municípios (APPM) que iniciaram a flexibilização. O governador não descarta acionar o Judiciário para reverter as medidas.
“Defendo que a gente mantenha a integração. Não há um município no Piauí que pode dizer que ali não tem coronavírus. Por isso que a gente tem que trabalhar com a ciência. Se não tiver vida não tem economia. Já fizemos um diálogo com o Ministério Público, Defensoria, PGE e as medidas que forem cabíveis nós vamos adotar. Mas além disso estamos buscando o diálogo. Hoje temos uma reunião com os 224 municípios. Convidamos todos”, disse o governador durante solenidade na manhã de hoje na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Cidades que já flexibilizaram:
- Anísio de Abreu
- Buriti dos Lopes
- Campo Maior
- Capitão de Campos
- Castelo do Piauí
- Floriano
- Madeiro
- Nossa Senhora de Nazaré
- Paulistana
- Picos
- São João do Piauí
De acordo com o governador, a flexibilização desordenada por causar o colapso no sistema de saúde.
“Vamos trabalhar para garantir a unidade que até aqui trouxemos no estado. Lá atrás, é bom lembrar, alguns municípios resistiram a política de isolamento. Nós agimos porque não somos ilhas. Nenhum município pode dizer que tem medida de segurança sem seguir a ciência. Quando um município toma uma decisão, as pessoas adoecem. As pessoas precisam de internação e entra em colapso a rede hospitalar. Aquela região que não cumpriu vai colapsar a rede hospitalar dos que cumpriram? Não é justo”, disse o governador, que defende a unificação na flexibilização.
“Para que a gente tenha uma unificação, começamos a fazer a liberação e o bom agora é sair de forma legal, organizada e planejada. Esse é o caminho. Eu acredito que vai caber aí a decisão muito em breve do judiciário se a gente permanece no plano unificado ou não. Eu defendo que sim”, alertou.
Foto: Roberta Aline
Ainda de acordo com o governador, quando as mortes aumentarem os prefeitos terão que se explicar.
“Eu digo aos prefeitos: na hora que tiver um bocado de caixão de defunto abrindo valas no seu cemitério, eu quero ver quem é que vai aparecer para lhe defender. É isso que nós tratamos. Entramos juntos e queremos sair juntos. Essa semana legalmente, de forma planejada, nós já estamos saindo. Chegamos até aqui, o que é que custa esperar mais alguns dias e com isso salvar vidas? Quando vale uma vida?”, finalizou.
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