A revelação de que um alto funcionário do governo brasileiro contraiu o novo coronavírus fez com que países africanos cancelassem uma viagem do vice-presidente Hamilton Mourão a seus territórios.
Na próxima semana, o general tinha compromissos na Nigéria e em Gana.
No entanto, na quinta-feira (12), em meio às suspeitas, posteriormente confirmadas, de que o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, é portador do vírus, as autoridades nigerianas contataram o Itamaraty e pediram que a viagem fosse suspensa.
Com isso, as atividades em Gana também foram canceladas.
Embora os nigerianos não tenham apresentado uma justificativa, as autoridades brasileiras consideram que o país africano ficou receoso com as notícias de que um membro do governo Bolsonaro foi infectado.
Mourão não integrou a comitiva presidencial que foi à Flórida, nos EUA, entre 7 e 10 de março, da qual Wajngarten fez parte, nem manteve contato com o chefe da Secom após o retorno dele ao Brasil.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou nesta semana que existe uma pandemia do novo coronavírus no mundo, e diversos países têm tomado medidas para evitar o avanço do vírus em seus territórios.
Nações africanas têm registrado até o momento uma incidência menor do vírus do que os países dos demais continentes.
Segundo o último boletim da OMS de 12 de março, a Nigéria tem dois casos confirmados de coronavírus.
Gana não aparece na lista, embora a agência Reuters tenha noticiado, no mesmo dia, o primeiro teste positivo para o novo coronavírus no país. Já o Brasil tem mais de cem casos da enfermidade.
O teste com resultado positivo de Wajngarten levou a equipe médica da Presidência a monitorar todos os integrantes da comitiva, inclusive o presidente Bolsonaro.
O mandatário realizou os testes clínicos na quinta, e os resultados são aguardados para esta sexta-feira (13).
Fonte: Folhapress
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