Foto: reprodução SBT
A Marinha informou nesta segunda (2) que o navio Stellar Banner, que está encalhado há uma semana no litoral do Maranhão, está estável e não apresenta vazamento de óleo nem de minério. Sua dona, a sul-coreana Polaris Shipping, disse que quer acelerar o processo de retirada do óleo dos tanques. A embarcação é contratada pela Vale e foi levada a encalhe por seu comandante para evitar o naufrágio devido a avarias no casco na última segunda (24), quando estava a caminho da China. Ele carrega em seus tanques 3,6 mil toneladas de óleo e 295 mil toneladas de minério de ferro.
Nesta segunda, mergulhadores contratados pela Polaris iniciaram a avaliação dos danos, mas o resultado do trabalho não foi divulgado. Eles tentaram mergulhar no domingo (1º), mas a missão foi interrompida por questões de segurança devido à forte correnteza. Em nota, a Polaris disse que as análises indicam que o peso da embarcação está bem distribuído no banco de areia, sem pontos de estresse no casco e que o risco de novos vazamentos está mitigado. Na sexta (28), foi detectada uma mancha de óleo de cerca de 800 metros quadrados em volta do navio.
O Ibama estimou em 333 litros o volume vazado. A Polaris disse que se tratava de "óleo morto", que estava no convés. A mancha foi dispersada com a ajuda da chuva e de barcos que estão prestando apoio à emergência. O Ibama fez sobrevoos nesta segunda e, assim como a Marinha, não viu sinais de poluição. Uma proposta para a retirada do óleo já foi entregue à Marinha e será realizada "nas próximas semanas", afirmou a empresa. Essa operação consiste em transferir para barcaças os volumes que estão nos tanques do navio, eliminando de vez o risco de vazamentos durante as outras etapas do resgate.
"Uma vez que a primeira fase do plano seja executada com sucesso, concentraremos nosso esforço na operação de resgate da embarcação", afirmou a companhia. O navio tem 340 metros de comprimento, o equivalente a dez campos de futebol, e 55 metros de largura. O Stellar Banner tocou o fundo do mar quando deixava o terminal da Ponta da Madeira, no Maranhão, rumo ao porto chinês de Qingdao. Ao perceber a entrada de água em seus tanques, o comandante levou a embarcação para um banco de areia.
A Marinha instaurou inquérito para apurar as causas do acidente, que ocorreu em uma área onde a praticagem é facultativa –isto é, o comandante pode optar por navegar com ou sem os práticos que conduzem embarcações em regiões mais próximas aos portos. Um gabinete de crise, que conta também com a participação do Ibama e da Polícia Federal, vem se reunindo diariamente para acompanhar a situação.
Fonte: FolhaPress
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