Contrários à rigidez das medidas adotadas pelo governador Wellington Dias (PT) e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), para o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19), vários grupos estão se mobilizando para uma carreata e ‘buzinaço’, neste sábado (28), reivindicando mudanças nos decretos, estadual e municipal, que limitam a atividade econômica.
Uma das organizadoras do movimento, a advogada Rubenita Lessa ressalta que o ato será pacífico e sem aglomeração de pessoas, obedecendo as recomendações sanitárias de prevenção à doença. “Não estamos convocando ninguém a desobedecer os decretos e se aglutinarem nas ruas. Não haverá isso, mas iremos nos deslocar pela cidade dentro dos nossos carros mostrando que é preciso repensar esses meios”, afirmou.
Cartaz do movimento compartilhado na internet. Foto: Reprodução Internet.
A principal demanda da manifestação, que deve reunir empresários, profissionais liberais e autônomos, é que os decretos sejam parcialmente alterados, principalmente em relação ao suspensão total de algumas atividades de comércio. “Nosso objetivo é que as medidas de precaução e prevenção à Covid-19 sejam mantidas, assim como o sustento das pessoas (...) Nosso pedido é pela revisão dos decretos, para que a economia do estado não seja prejudicada”, pontuou a advogada.
A mobilização acontece após Wellington Dias admitir a possibilidade de abertura parcial de algumas atividades econômicas no estado, a depender de uma Comitê Gestor de Crise (CGC) sobre o avanço da pandemia no estado. “É mais um motivo para irmos às ruas, para que o governador saiba que suas medidas não são unanimidade”, reforça Lessa.
Na quinta-feira (26), o prefeito de Parnaíba, Mão Santa, autorizou a volta do funcionamento das atividades econômicas no município, desde que obedeçam às normas sanitárias para não propagação do vírus e estabeleçam um regime de escalas de trabalho, evitando aglomeração de seus funcionários.
Temendo prejuízos à economia brasileira, o presidente Jair Bolsonaro questionou, em pronunciamento oficial, as ações de alguns governadores e prefeitos no enfrentamento ao vírus. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também recuou acerca das questões de isolamento social, recomendando contenção apenas das pessoas que integram o grupo de risco para a enfermidade.
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