Foto: Ascom
Empresários e empreendedores do setor industrial do Piauí participaram de um encontro, nesta semana, para tratar sobre a importância da energia de mercado livre e os sistemas de compensação de energia elétrica. Dados disponibilizados por empresa referência no setor elétrico do país, apontam que apenas 2% da indústria do Estado migrou para a energia de mercado livre, considerada mais barata para consumo.
O mercado livre é a possibilidade de contratação de energia desvinculada da distribuidora e atualmente apresenta 30% da energia consumida no Brasil, atendendo quase 6 mil clientes, que estão entre os maiores consumidores do país.
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), Andrade Júnior, informa a necessidade de se abordar o tema e como este tipo de energia pode contribuir na redução de custos para as empresas.
"A nossa intenção foi trazer para a indústria do Piauí a oportunidade de conhecer opções de contratação de energia. Em nossa maioria temos contrato com a Equatorial e aqui apresentamos a possibilidade de se aderir ao mercado livre. Para realizar o contrato, o empresário necessita possuir uma demanda mínima de 500 kva (Quilovoltampere), uma conta em média de R$ 60 mil, que é correspondente a esse consumo. Nós empresários sempre pensamos que a energia solar seria a melhor opção para consumo. Ela é importante sim, mas observamos que não é a ideal para todas as indústrias e consumidores. É preciso estudar caso a caso e verificar a necessidade de cada um", afirma.
A assessora da empresa, Gabriela Rainer, explica os benefícios de empresas e indústrias migrarem para o mercado livre de energia. "Quando se fala em mercado livre de energia, pode-se dizer que é a energia mais barata que o industrial vai ter acesso. Então, dentre os benefícios, tem a questão de ter a certeza do valor que vai ser pago, não terá mais a questão das bandeiras tarifárias, ou seja, se paga um preço fixo por essa energia que está sendo contratada. Então, tudo isso dá a segurança e consequentemente a economia", ressaltou.
A participação do Piauí neste tipo de consumo de energia mais barata ainda é tímida, como afirma Gabriela Rainer. "Vemos que apenas 2% da indústria do Piauí migrou para o mercado livre, então temos um potencial muito grande para movimentação. Vale ressaltar que com a mudança, a indústria não tem risco de ficar sem energia, é tudo muito tranquilo e ela não tem nenhuma grande alteração no dia a dia dela", informa.
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