Assessor de Bolsonaro diz que Itamaraty era 'escritório da ONU' - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

25 de fev. de 2020

Assessor de Bolsonaro diz que Itamaraty era 'escritório da ONU'



Em mais uma manifestação do bolsonarismo que gerou mal-estar entre diplomatas, o assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, afirmou que o Itamaraty "funcionava como um escritório avançado da ONU" antes da eleição de Jair Bolsonaro.

A afirmação foi feita por Martins a seu padrinho no governo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente mais afeito a questões internacionais -é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Eduardo tem um programa de entrevistas no YouTube. No sábado (22), ele dedicou quase uma hora para Martins expor o que considera "o redesenho da política externa", que para o assessor "não era distintamente brasileira".

O deputado quis dar um apoio moral ao amigo, uma vez que as funções de Martins foram retiradas da assessoria direta do presidente e subordinadas à Secretaria de Assuntos Estratégicas, chefiada pelo almirante Flávio Rocha.

O esvaziamento, cujo efeito ainda é incerto, faz parte da ampliação da influência da ala militar do governo, em detrimento do grupo ideológico no poder -pontificado por seguidores do escritor Olavo de Carvalho, como Eduardo, Martins e os ministros Ernesto Araújo (Itamaraty) e Abraham Weintraub (Educação).

Assessor de Bolsonaro diz que Itamaraty era 'escritório da ONU' e gera mal-estar. Reprodução


O vídeo circulou entre diplomatas, gerando um misto de consternação e de chacota -há confusão de conceitos e contradições nas falas.

"Tínhamos uma orientação política que levava nosso corpo diplomático a atuar muito alinhado aos cânones globalistas, com aquilo que era decidido nas agências internacionais e não tinha a ver com nossos valores", disse Martins.

Ele tenta atenuar a retórica e faz deferências à "excelência do corpo diplomático", e é lembrado por Eduardo sobre o papel do atual chanceler. Chega inclusive a negar, instado em pergunta, que haja conflito de interesses com o ministro -só para então desfiar a importância da diplomacia presidencial.Fonte: Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário