Durante o B-R-O-Bró, é comum ver aguapés cobrindo as águas do Rio Poti, em Teresina. A quantidade de plantas aumenta com as altas temperaturas e com o não tratamento do esgoto doméstico lançado no rio. Contudo, diferente de anos anteriores, em 2019, o fenômeno não está sendo tão expressivo.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semam), Olavo Braz, explica que o aguapé é uma planta, um ser vivo, e não deve ser totalmente retirado do rio.
“A presença de aguapés no leito do Rio Poti se dá por duas questões básicas, primeiro o movimento da correnteza da água que não consegue movimentar a planta, e segundo porque a Semam não é exterminadora de aguapés. Então, as plantas que ficam nas margens do rio não são retiradas, pois elas têm sua função, que é retirar a poluição orgânica da água”, ressalta o gestor.
Este ano, a quantidade de aguapés que surgiram no rio é bem menor que em anos anteriores - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Olavo Braz argumenta que as intervenções só são feitas quando há excesso de aguapés no rio, pois, neste caso, elas bloqueiam a penetração da luz e prejudicam a vida aquática.
“Na medida que for preciso intervir, que estiver prejudicando o rio, a Semam vai intervir. Aguapé existe porque existe poluição. Mas nós já conversamos com a Águas de Teresina e vamos participar de uma audiência no Ministério Público Estadual e Federal, para encontrar uma solução final”, finaliza Olavo Braz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário