O irmão do ex-presidente Lula, Genival Inácio da Silva, de 79 anos, o Vavá, morreu nesta terça (29), em São Paulo. Ele estava com câncer no pulmão.
Na semana passada, Vavá foi internado em um hospital de São Paulo para tratamento, mas não resistiu.
Lula vai pedir à Justiça para comparecer ao velório —Vavá foi um dos irmãos mais próximos do ex-presidente. Mas a decisão ainda não está tomada.
Os advogados do petista vão invocar o artigo 120 da Lei de Execução Penal (LEP), que afirma que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
Numa outra tentativa, para o enterro de Sigmaringa Seixas, o juiz negou a saída de Lula. A sua defesa alegou que o advogado era amigo do ex-presidente. Em seu despacho, no entanto, o magistrado lembrou o artigo 120 da LEP, que autoriza o comparecimento ao velório de um irmão.
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC lamentou o falecimento de Vavá.
"O companheiro Vavá sempre esteve nas lutas em todos os momentos no Partido dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo, que a exemplo de seu irmão e nosso grande líder Lula sempre foi ativo militante e sua dedicação em favor da classe trabalhadora e dos menos favorecidos é exemplo a ser seguido.
Em razão do seu falecimento informamos o cancelamento da reunião da direção da executiva que ocorreria nessa data, bem como, de todas as nossas agendas no presente dia", diz a nota.
Apesar de ter sido indiciado na Operação Xeque-Mate, em 2007, Vavá não chegou a ser denunciado e nem preso. O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul apresentou à Justiça Federal denúncia contra 39 dos 58 indiciados, e não inclui Vavá por não haver na investigação "elementos que indiquem a sua participação em qualquer uma das quadrilhas denunciadas".
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