Teresina lidera entre as capitais do Nordeste com maior investimento em saúde por pessoa com R$ R$590,71no ano de 2017. O dado foi divulgado recentemente no site do Conselho Federal de Medicina (CFM) e diz respeito a 2017.
No ranking geral é a terceira capital do país que mais gastou recursos próprios com ações e serviços na área da saúde. Em primeiro lugar ficou a cidade de Campo Grande (MS) e em segundo São Paulo (SP).
O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles Silveira, avalia o dado e ressalta os desafios da pasta da saúde: “O investimento aplicado pela Prefeitura de Teresina na área da saúde é alto. Nós temos uma rede complexa e grande, e precisamos, para melhorar este gasto é otimizar cada vez mais o resultado, que funcione o sistema como um todo, inclusive que haja maior co-participação do Governo do Estado, investindo em hospitais da capital e do interior”, diz.
“A Prefeitura de Teresina quer reduzir gastos, sem comprometer e sem diminuir o atendimento da população. Para que isso ocorra, é necessário que haja parceria com o Governo do Estado e Governo Federal. Estamos otimizando também os processos de trabalho; existe uma equipe de auditores, procuradores e controladores que estão buscando encontrar mecanismos para que possamos melhorar os gastos na saúde e otimizar o resultado, de modo a satisfazer o usuário”, argumenta o presidente.
Ele explica ainda que Teresina atrai pacientes vindos do interior: “A capital busca ter resolutividade e dispõe de diversos serviços pelo SUS, o que atrai a vinda de muitos pacientes. Outra questão é a geográfica, dada a proximidade existente entre Teresina e municípios do leste do Maranhão. Há também pouca oferta dos serviços especializados nos municípios do Piauí. É preciso que o Governo do Estado fortaleça a saúde no interior, estratégia que acarretaria na vinda de menos pacientes para Teresina”.
Uma das metas para 2019 é a solicitação da Revisão da Programação Pactuada Integrada (PPI), documento que define onde serão prestados os serviços especializados do SUS no Piauí e o seu financiamento a quem está efetivamente prestando o atendimento: “É preciso revisar urgentemente a PPI, pacto feito no ano de 2009, pois, de lá para cá, a área da saúde sofreu mudanças consideráveis. O nosso objetivo é melhorar o atendimento e garantir o seu financiamento”, finaliza Charles.
Fundação Municipal de Saúde
A FMS é responsável por administrar 10 hospitais municipais, 4 Maternidades, o Lineu Araújo, o SAMU, 2 UPAs e, ainda, o HUT, Pronto Socorro especializado, habilitado como Unidade de Assistência de Média e Alta Complexidade em Traumatologia e Ortopedia. Na área da Atenção Básica, são 90 Unidades Básica de Saúde, distribuídas nas 4 zonas da cidade. Além disso, conta com o Laboratório Raul Bacelar, 03 Centros de Especialidade Odontológica (CEO) e 07 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
A Fundação é também responsável pela gestão do SUS no âmbito municipal e atua como órgão planejador, fiscalizador, regulador, autorizador e pagador das ações em saúde. Isso porque elabora documentos de planejamento; fiscaliza a aplicação dos recursos financeiros; coordena o cadastro dos estabelecimentos no CNES; autoriza todos os procedimentos de média e alta complexidade realizados pelos prestadores de serviço ao SUS e gerencia o Fundo Municipal de Saúde.
Além disso, a FMS é responsável por administrar o sistema de marcação de consultas e exames especializados do SUS, o Gestor Saúde. Diariamente, este sistema ofertas vagas para que os 224 municípios do Piauí possam usufruir do atendimento especializado em Teresina.
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