No ano de 2018 foram registrados 2.964 roubos de carros em Teresina, um aumento de 34% em relação ao ano de 2017, segundo o Relatório de Indicadores de Criminalidade 2018, apresentado ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SPP-PI). O delegado João Marcelo, coordenador do Núcleo de Estatística da instituição, afirmou que é um "novo desafio" da segurança e medidas preventivas e investigativas estão sendo tomadas.
Outro dado negativo com relação aos veículos roubados e furtados na capital do Piauí é o número de carros recuperados, quase metade não foi recuperada, apenas 58% foram restituídos. em 2017, a porcentagem girou em torno dos 80%.
Em entrevista concedida para o jornalista Arimateia Carvalho no programa Banca de Sapateiro na Rádio Jornal Meio Norte (90,3) o delegado também trouxe dados positivos para a segurança no Piauí, como é o caso da queda de 3,83% nos casos de feminicídio e de casos de homícidio, com queda de 13,13% (a queda de homicídios foi capa do Jornal Meio Norte de hoje (09)).
O jornalista Arimateia Carvalho destacou que enquanto no Brasil houve um aumento nos casos de femicídio, o Piauí tomou um caminho diferente. Para o delegado, a queda se deve ao fato do aprimoramento das técnicas de prevenção, investigação, qualificação e registro desses casos. "O feminicídio é crime qualificado, é um crime de gênero, onde as mulheres são mortas por serem mulheres. A partir do aprimoramento de técnicas de segurança pública no combate desses crimes, a gente conseguiu diminuir os casos", alertou.
Apesar do dado positivo, o Piauí continua entre os estados com maior número de feminicídios registrados, apesar disso, segundo o delegado, o número de mulheres assassinadas é um dos menores. Os casos de feminicídio são crimes de gênero. Um exemplo de feminicídio e um dos mais comuns no Brasil é quando a mulher é morta por seu antigo companheiro que não aceita o termino do relacionamento.
"Mesmo o Piauí sendo um dos estados com maior número de feminicídio, não estamos entre os estados que mais assassina as mulheres. Onde crimes como homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte) entram nos dados", explicou João Marcelo.
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