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30 de jan. de 2019

Lula não irá a São Bernardo após liberação do STF

Resultado de imagem para FOTOS DE LULAAtualizado às 13h29
Lideranças do PT afirmaram nesta quarta-feira (30) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irá para São Bernardo do Campo se encontrar com familiares após a morte do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá. O corpo de Vavá foi enterrado no ABC paulista pouco depois da divulgação da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de autorizar a saída de Lula, no início da tarde desta quarta.
O ex-ministro Gilberto Carvalho, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, lamentaram que a decisão saiu tardiamente e afirmaram que o presidente não irá a São Bernardo do Campo.
Na tarde de terça-feira, a defesa de Lula pediu à Justiça a liberação dele para ir ao velório de Vavá, que tinha morrido pela manhã. Segundo os advogados do ex-presidente, o artigo 120 da Lei de Execução fala que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que autorizar o ex-presidente a ir ao velório do irmão é uma "questão humanitária".
Na madrugada desta quarta-feira, o desembargador de plantão do TRF-4, Leandro Paulsen, negou recurso da defesa de Lula. Os advogados do ex-presidente recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda na madrugada para Lula poder ir ao velório, que estava previsto para as 13h. No início da tarde, Dias Toffoli, o STF, autorizou a saída de Lula para encontrar os familiares em uma unidade militar na região do ABC.
'Não faz sentido mais'
"É lamentável que a decisão só tenha saído a essa hora. É totalmente inviável. Não era pra vir ver o corpo do Vavá, era para falar com a família. O Lula com muita dignidade agradeceu, mas não vem, não faz sentido mais", disse Gilberto Carvalho.
"Agora, o importante da sentença do ministro Toffoli, nós somos gratos a ele nesse sentido. Ele faz uma crítica correta à crueldade da juíza, ao cinismo da Polícia Federal que alegou razões logísticas e de segurança para impedir um direito do presidente Lula. Contra Lula não há limite, não vamos nos iludir. Eles farão de tudo para quebrar a espinha dorsal do presidente."
“Da última vez que estive com Lula ele demonstrava preocupação com o Vavá. Pela condição de saúde dele, Vavá não podia ir, mas o Lula podia vir”, disse Gleisi Hoffmann, presidente do PT. "Foi uma falta de humanidade, já não digo nem mais perseguição política. É uma perseguição pessoal. Falta de direito humano de convivência com a família, pelo menos com a convivência com a dor. Ele falou mais cedo que não ‘posso fazer nada, o que posso fazer é chorar e rezar."
Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, afirmou: "Eu acho mais um absurdo. O Lula é tratado com excepcionalidade pela Justiça, de forma seletiva. Então, infelizmente, esse é o enfrentamento que nós temos que fazer: mostrar que o Lula, em muitos direitos, ele está sendo prejudicado, em muitas discussões ele está sendo prejudicado porque sempre há um julgamento político sobre as atitudes dele".

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