O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, afirmou nesta terça-feira que continua a receber contatos para dirigir a seleção da Colômbia. O treinador atual campeão brasileiro, no entanto, garantiu não ter interesse em deixar o clube e torce para que o atacante Dudu faça a mesma escolha. O jogador tem recebido sondagens do futebol chinês durante essas primeiras semanas do ano.
Felipão concedeu a sua primeira entrevista coletiva de 2019 e avisou que, apesar dos repetidos convites para deixar o cargo, quer ficar no Palmeiras. "A Colômbia parece que vai continuar a me procurar. Mas tenho contrato com o Palmeiras. Eu já sinalizei que vou continuar. Os colombianos vão entender que não vou sair. Eles até aumentam valores, mas não é questão disso apenas", explicou.
O treinador palmeirense recebeu contatos dos colombianos ainda no fim do ano passado. O próprio atacante Miguel Borja revelou o interesse da seleção do seu país em dezembro, depois da última rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe está sem um comandante desde a saída do argentino José Pékerman e tem sido treinada por um interino.
O começo de temporada também traz ao treinador a preocupação de perder o atacante Dudu. Sondado por equipes chinesas em cinco ocasiões anteriores, o jogador novamente desperta o interesse do Shandong Luneng. Felipão contou que tem procurado conversar com o atacante para passar a sua experiência de três temporadas no futebol chinês e reiterar a importância de continuar no Palmeiras.
"Algumas situações que estão sendo vividas na China nos fazem raciocinar. Tem time da segunda divisão que está há meses sem pagar impostos, fechando as portas. Se ir para lá é interessante, depende da cidade de cada um. Dudu segue sendo um jogador exponencial. Quem sabe pode ter no seu pensamento a seleção brasileira ou jogar em um grande clube europeu", afirmou o técnico.
Felipão reiterou que, apesar das sondagens, o Palmeiras não recebeu propostas oficiais por Dudu. "Tem papel pelo Dudu? A imprensa noticiar que o cachorro correu na esquina, todo mundo faz. Tem que ter proposta, valores ao jogador e ao clube. Primeiro, tem de falar com o clube. Eu torço para ele permanecer, porque tem trabalhado com uma dedicação espantosa", comentou.
Por Ciro Campos
Estadão Conteúdo
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