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30 de jan. de 2019

De 348 inscritos, quatro detentos do Piauí são aprovados no SISU

Após a divulgação da primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o Piauí contabiliza inicialmente quatro aprovações de Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) no Ensino Superior. Em dezembro, 348 inscritos participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem PPL) no estado.
Conquistaram vagas nessa primeira chamada Renato César Terceiro, aprovado para Física na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e Sidnei Rodrigues de Oliveira, que passou em Biologia, também na Uespi. Ambos são reeducandos da Penitenciária José de Arimatéia Barbosa, em Campo Maior. Elber Fabrício Mendes Oliveira e Francisco Fausto, conseguiram aprovação para Estatística na Universidade Federal do Piauí (UFPI), ambos são reeducandos da Casa de Custódia de Teresina.
A coordenadora de ensino da Secretaria da Justiça (Sejus), Jussyara Valente, afirma que a expectativa é de mais aprovações nas próximas chamadas do SiSU. "Esse é o resultado de uma política voltada ao incentivo ao estudo como ferramenta de ressocialização, através da Secretaria de Educação, em parceria com a Sejus, com toda a preparação do Enem através do Canal Educação e das oito revisões que aconteceram nas unidades prisionais durante o ano de 2018", observa.
detentos aprovados no Sisu no PiauíDe 348 inscritos, quatro detentos do Piauí são aprovados no SISU. Foto: Thanandro Fabrício/CCom
No Piauí, a parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) criou o Pré-Enem PPL, ciclo de revisões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nas unidades prisionais visando preparar as pessoas privadas de liberdade para um bom desempenho no exame e por consequência a conquista de uma vaga na universidade.
O secretário da Educação, Hélder Jacobina, destaca o Pré-Enem PPL como uma política pública de extrema importância para o estado do Piauí. "Temos essa parceria com a Sejus desde 2015, que tem rendido frutos excelentes. Nossa perspectiva enquanto Governo do Estado é sempre ampliar cada vez mais o acesso à educação, oferecendo a oportunidade para que quando os reeducandos tenham uma profissão ou acesso ao Ensino Superior, ao alcançar a liberdade", garante Hélder Jacobina.
O trabalho conjunto entre Seduc e Sejus também garante aos reeducandos a conclusão dos ensinos Fundamental e Médio, através do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). De 68 inscritos em 2018 para a certificação do Ensino Médio, 16 aprovados. Já o resultado para o Ensino Fundamental será divulgado em fevereiro.

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