O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, pediu neste sábado (25) ao papa Francisco que se faça "justiça" às vítimas de abusos cometidos por membros do clero, enquanto o pontífice reconheceu sua "vergonha" por esses crimes.
O papa chegou na manhã deste sábado (25) em Dublin para o encerramento do Encontro Mundial das Famílias. Sua 24ª viagem ao exterior acontece em um momento muito sensível para a Igreja Católica, abalada na semana passada pelas revelações de abusos sexuais cometidos no passado nos Estados Unidos e por uma série sem precedentes de recentes renúncias de hierarcas suspeitos de fazer cumprir a lei do silêncio no Chile, na Austrália e nos Estados Unidos.
Varadkar, que é abertamente homossexual e símbolo de uma nova Irlandaliberal, fez um apelo para que as "vítimas e os sobreviventes obtenham justiça, verdade e cura".
"Santo Padre, peço que use sua posição e influência para conseguir este feito aqui na Irlanda e em todo o mundo", clamou ao lado do pontífice.
"Devemos garantir que as palavras sejam seguidas de ações", insistiu em seu discurso no Castelo de Dublin.
Desde 2002, mais de 14.500 pessoas se declararam vítimas de abusos sexuais cometidos por padres na Irlanda.
"É uma história triste e vergonhosa, uma mancha em nosso Estado, nossa sociedade e na Igreja Católica", estimou Varadkar.
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