Ao todo, 31 cidades do Piauí não atingiram sequer 50% de cobertura vacinal contra a poliomielite, segundo dados divulgados nessa terça-feira (3) pelo Ministério da Saúde. No pior caso está a cidade de Gilbués, que teve apenas pouco mais de 5% do total de crianças vacinadas. Veja lista completa ao fim da reportagem.
A cidade com menor índice foi Gilbués, que ficou na 16ª posição entre as mais de 300 em todo o país. Segundo o secretário de saúde da cidade, Rômulo Paiva, o baixo percentual não corresponde à realidade da cobertura vacinal no município.
"Desde que soubemos dos dados buscamos esclarecer o que houve, porque está errado. A vacinação está normal, isso pode ter acontecido por uma inconscistência no sistema, os dados não foram recebidos, algo assim. Porque na cidade está tudo ocorrendo normalmente", informou.
Os dados gerais, segundo o Ministério da Saúde, estão causando alerta devido ao risco de que a doença erradicada desde 1990 no país, volte a ter seu vírus reintroduzido. Em todo o país, há 312 cidades que não atingiram sequer 50%. O Ministério destacou que todas as cidades com menos de 95% da meta atingida estão em risco.
A vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite e todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.
Sobre a pólio
De acordo com o Ministério da Saúde, a poliomielite ou “paralisia infantil”, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia muscular flácida, de início súbito. O déficit motor acontece rapidamente e sua evolução, em geral, não ultrapassa três dias. Atinge normalmente os membros inferiores, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade, mas sem reflexos.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores do vírus, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções de pessoas contaminadas (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do vírus.
- Gilbués - 5,38%
- Dirceu Arcoverde - 13,10%
- Morro Cabeça no Tempo - 17,24%
- Jerumenha - 18,39%
- Palmeirais - 19,63%
- Luzilândia - 26,82%
- Juazeiro do Piauí - 28,17
- Ipiranga do Piauí - 28,33%
- Sebastião Barros - 29,23%
- Buriti dos Lopes - 30,25%
- São Gonçalo do Piauí - 34,21%
- Cristalândia do Piauí - 34,51%
- São Francisco do Piauí - 36,00%
- Passagem Franca do Piauí - 36,59%
- Esperantina - 37,63%
- São Raimundo Nonato - 38,79%
- Manoel Emídio - 39,73%
- Várzea Grande - 40,48%
- Socorro do Piauí - 41,46%
- Miguel Alves - 41,94%
- Beneditinos - 42,06%
- Padre Marcos - 42,65%
- São Braz do Piauí - 43,33%
- Jaicós - 43,47%
- Santa Luz - 44,58%
- Canto do Buriti - 46,83%
- Riacho Frio - 47,56%
- Pedro II - 47,57%
- Monsenhor Hipólito - 48,08%
- São João da Canabrava - 49,12%
- Monte Alegre do Piauí - 49,41%
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