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2 de jul. de 2018

Pesquisa do IBGE mostra como a crise afetou o setor de comércio no Piauí

Em 2016 haviam no Piauí 19.667 empresas comerciais com sede no estado, um incremento de 4.842 unidades a mais em relação a 2007, o que representou uma elevação de 32,66% no período.  Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), referente ao ano de 2016, divulgada pelo IBGE, na última quinta-feira (28). 
No período 2007/2016, o ano em que registraram-se mais empresas comerciais sediadas no Piauí foi 2014, quando haviam 21.591. Assim, em relação a 2016 verificou-se que 1.924 empresas encerraram suas atividades no Piauí, o que representou uma redução de 8,91% do total.
No contexto da região Nordeste, em 2016 o Piauí ocupou a sétima colocação em termos de “Receita Bruta de Revenda”, com 5,3% do total regional, ficando à frente apenas de Alagoas (4,6%) e de Sergipe (3,6%). O estado com maior participação foi a Bahia, com 26,4%, seguido de Pernambuco, com 20,2%.
Em 2016, a receita bruta de revenda no Piauí atingiu R$ 28,4 bilhões, um incremento real de 115,5% em relação à receita obtida no ano de 2007. No mesmo período, a receita bruta de revenda no Brasil atingiu R$ 3,5 trilhões, observando-se um aumento real da ordem de 84,92%, que é inferior ao crescimento verificado no Piauí para o mesmo período.
De 2015 a 2016 houve no Piauí um crescimento na receita bruta de revenda da ordem de 0,71%, enquanto que para o Brasil registrou-se uma queda de 0,74%.
Em termos de representatividade, a receita bruta de revenda observada para o Piauí em 2016 era de 0,80% daquela registrada para o Brasil. O estado de São Paulo era o que detinha maior representatividade, com 31,71% da receita de todo o país.
Força de trabalho
Em 2016, a atividade comercial terminou o ano empregando 98.847 pessoas no Piauí, o que representou a criação de 30.474 postos de trabalho a mais em relação ao ano de 2007, ou seja, houve o incremento de 44,57% no emprego na atividade comercial nesse período.
Com relação ao período de 2015 a 2016, em razão da retração econômica, no Piauí houve uma diminuição nos postos de trabalho da ordem de 2,93%, com a desocupação de 2.987 pessoas. Em termos de Brasil, nesses dois últimos anos pesquisados houve a perda de 265.485 postos de trabalho, uma queda de 2,58% na ocupação.
No período de 2007 a 2016, o ano em que registrou-se o maior quantitativo de pessoal ocupado no Piauí foi em 2014, quando haviam 105.225 pessoas trabalhando na atividade comercial. Assim, em relação a 2016 houve uma diminuição de 6,06% nos postos de trabalho, o que representou a desocupação de 6.378 pessoas.
Salário
Em 2007, o salário médio na atividade comercial no Piauí era da ordem de R$ 845,00, tendo passado em 2016 para R$ 1.249,00, um incremento de 47,81% no período de 10 anos.
Pelos dados para o Brasil, percebe-se que em 2007 a média salarial na atividade comercial no país já era superior à verificada no Piauí para o ano de 2016, pois chegava a R$ 1.260,00. No período de 2007 a 2016 o salário médio no Brasil cresceu 30,71%, tendo atingido em 2016 o valor de R$ 1.647,00, valor superior ao praticado no Piauí em R$ 398,00 ou cerca de 32% a mais.
Predominância do comércio varejista no Piauí
Pela tabela abaixo percebe-se que a atividade comercial varejista de mercadorias, excluindo o comércio de veículos, peças e motocicletas, foi a predominante no Piauí em 2016, tendo representado cerca de 53,5% do comércio.
Por sua vez, a atividade comercial atacadista representou cerca de 34,5% e o comércio de veículos, peças e motocicletas representou 12,0% do comércio piauiense no mesmo período.

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