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4 de jul. de 2018

Esposa denuncia diretor da Casa de Custódia por agressão e corregedoria da PM instaura inquérito

Corregedoria da PM do Piauí está apurando a conduta do diretor. (Foto: Divulgação/PM)A corregedoria da Polícia Militar abriu na terça-feira (3) processo administrativo para apurar conduta disciplinar do diretor da Casa de Custódia, o tenente Jean Carlos Rodrigues Bezerra. A apuração acontece devido a denúncias feitas pela esposa, Erica Paula, que informou à polícia ter sido agredida e sofrido ameaças de morte. A Secretaria de Justiça informou que repudia qualquer manifestação de violência, mas que não vai interferir no caso por se tratar de algo de ordem pessoal.
Procurada, Erica Paula disse que preferia não se pronunciar sobre o caso até o fim do inquérito. O G1 tentou contato com o diretor, mas não conseguiu. A polícia informou que a esposa do diretor da Casa de Custódia registrou boletim de ocorrência contra o marido na sexta-feira (29) denunciando ter sofrido agressões físicas e ameaça de morte.
De acordo com a delegada de Timon (Maranhão), Mariely Vilhena, um exame de corpo de delito comprovou lesões de acordo com o depoimento da vítima. A delegada informou que foram concedidas medidas protetivas, que chegaram hoje à vara que vai julgar o caso.
“Ela fez a ocorrência na sexta à tarde, foi ouvida e foi feita representação de medida protetiva e encaminhada ao poder judiciário. O promotor plantonista deu parecer favorável e hoje foi distribuído para a 3ª Vara Criminal de Timon, que compete julgar o caso dela", disse.
Testemunhas foram intimadas e devem ser ouvidas esta semana. As medidas protetivas para que Jean Carlos mantenha distância da esposa devem ser cumpridas a partir do momento em que ele for intimado, de acordo com a delegada. Caso contrário, pode ser emitido mandado de prisão.
A vítima também apresentou denúncia à Corregedoria da Polícia Militar, já que Jean Carlos Rodrigues Bezerra é 1º tenente da corporação. O comandante da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, informou que foi instaurado na terça-feira (3) o procedimento para apuração dos fatos pela Corregedoria da PM. Ele explicou que, por ser um crime comum, é de responsabilidade da justiça julgar, mas cabe à PM apurar a conduta disciplinar.
“Foi registrada ocorrência esse fim de semana e hoje pela manhã o corregedor instaurou o procedimento para apurar. O fato aconteceu na cidade de Timon e já foi levado ao conhecimento das autoridades de lá. Crime eventual, se houve, é comum. Então à PM cabe apurar a conduta disciplinar que foi providenciada hoje pela Corregedoria”, citou.
A Secretaria de Justiça informou que repudia qualquer manifestação de violência, mas que não vai interferir no caso por se tratar de um caso de ordem pessoal.
Veja a nota na íntegra:
Sobre o caso de agressão envolvendo o diretor da Penitenciária Professor José Ribamar Leite, a Secretaria de Justiça (Sejus) informa que, por tratar-se de um incidente de caráter pessoal e ocorrido fora das dependências do ambiente de trabalho, não interfere nas ações privadas de seus servidores, cabendo tal caso a apuração por parte da Polícia Civil e Poder Judiciário no que a Secretaria de Justiça fará o acompanhamento das investigações. A Sejus reafirma ainda seu compromisso, enquanto instituição do Poder Executivo Estadual, com a legislação e repudia qualquer manifestação de violência por parte do seu corpo de servidores.

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