O Procurador do Trabalho, Edno Moura, comentou a inclusão de seis empresas na lista suja de trabalho escravo no Piauí. Ele destaca que os empregadores incluídos na lista seguem a mesma característica: de trabalho degradante.
“Nós temos quatro tipos de situações que são consideradas análogas ao trabalho escravo e no Piauí geralmente ocorre uma dessas hipóteses específicas que é a de trabalho degradante, onde não é oferecida uma condição ambiental de trabalho adequada com redução de várias coisas como falta de equipamentos, alojamentos precários, água e a comida oferecida a esses trabalhadores que em conjunto causa esse trabalho degradante”, explica o procurador Edno Moura.
Ele destaca que a lista suja é um instrumento fundamental para o combate ao trabalho escravo e é reconhecida e elogiada internacionalmente. “É uma medida que possibilita a população e as empresas conhecer as pessoas que estão explorando trabalhadores, reduzindo-os a escravos e prejudicando toda a cadeia produtiva de um produto”, afirma.
As empresas da lista foram autuadas e respondem processos administrativo, civil, criminal e trabalhista já que deve pagar todos os direitos dos trabalhadores e indenizações individuais e coletivas.
De acordo com o documento, no Piauí, cinco empresas desenvolvem atividade da exploração da cera de carnaúba e uma extração de pedra. Na produção de pó e cera, foram resgatados 90 trabalhadores e na extração de pedra, oito.
FOTO: Pericles Mendel/Cidadeverde.com
Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com
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