Foto: Diário do Aço
A mudança nas regras do cheque especial anunciada na semana passada pode afundar, ainda mais, os brasileiros em dívidas. O que acontece é o seguinte:
A partir do dia 1º de julho, quem usar mais de 15% do limite do cheque especial por mais de 30 dias será convidado a transferir o débito para uma linha de crédito mais barata (clique aqui para ver mais detalhes).
A troca não é obrigatória, mas enche os olhos dos consumidores, visto que a média de juros do cheque especial é 324,1%. A média das demais modalidades é cerca de 50%.
Exemplo: uma dívida de R$ 1 mil sobe para R$ 4.240 depois de um ano no cheque especial. No crédito pessoal, ficaria R$ 1.330, no mesmo período.
Faca de dois gumes
Um dos problemas é que o cliente que troca o cheque especial para adquirir um financiamento pessoal tende a, no mês seguinte, retornar ao cheque especial. Daí, ele terá trocado uma dívida em duas, depois em três e por aí vai.
Outro risco é alongar a dívida. Quando você usa o cheque especial você paga quando o seu salário cai, no mês seguinte. Com a nova regra, você compromete menos do seu salário, mas divide a dívida em mais parcelas.
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