Quem, em 2007, apostasse que Fluminense e São Paulo fariam, uma década depois, um clássico de desesperados no Brasileiro não seria levado a sério. Os dois tricolores viviam momentos de fartura financeira e bons resultados em campo — enquanto os paulistas foram bicampeões nacionais, os cariocas conquistaram a Copa do Brasil. Mas, em 2017, a dupla tenta apenas se manter na Série A — o que passa diretamente por uma vitória hoje, às 21h45, no Maracanã.
As crises tricolores são de naturezas distintas. No São Paulo, é política. No Fluminense, financeira. Mas o futebol, coração dos dois clubes, não escapou. E cabe a Dorival Júnior e Abel Braga a missão de conduzir as equipes em meio à turbulência.
O Fluminense ainda sente as consequências da saída da Unimed. O clube até encontrou outras fontes de renda depois que a cooperativa cortou a parceria de 15 anos. Mas a crise do país e a má administração do dinheiro no último ano da gestão Peter Siemsen levaram a asfixia atual. Sem fluxo de caixa, a diretoria se desfez de algumas peças, contratou poucos jogadores e promoveu o máximo possível de atletas da base.
Falta de dinheiro não é o principal problema do São Paulo. Mas, sim, o excesso de escândalos. No mais recente deles, o então gerente de marketing do clube foi demitido em julho sob a acusação de desviar R$ 1,5 milhão em ingressos e locação ilegal de camarotes do Morumbi para o show da banda de rock U2.
Foi por suspeita de corrupção, também, que o ex-presidente Carlos Miguel Aidar renunciou há dois anos. Ele foi acusado, entre outras irregularidades, de levar dinheiro com negociação de jogadores. Seu sucessor, Leco, o atual mandatário, também não tem vida fácil. Ele acusou a oposição pela invasão de torcedores ao CT do clube no ano passado.
Diante deste cenário, não chega a ser surpresa que os dois times atravessem momentos tão delicados. Os clubes mereciam sorte melhor.
Fonte: Extra
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