A BR 135 já registrou este ano, no trecho que corta o sul do Piauí, o dobro do número de mortes registrado em todo o ano de 2016. Foram 31 mortes de primeiro de janeiro a 17 de junho, contra 16 vítimas fatais para todo o ano passado, o que aumenta a pressão por uma saída urgente para a chamada “estrada da morte”. Mais uma tragédia foi registrada neste sábado(17).
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entregue em maio à bancada do Piauí no Congresso, a BR 135 contabilizava já nos meses de janeiro, fevereiro e março um total de 13 mortes. Desde então, os acidentes tem se repetido e com alto índice de fatalidade.
Desde o início de abril, foram registrados os seguintes acidentes com vítimas fatais:
Dia 06/05 – em Monte Alegre, 2 mortos;
Dia 10/05 – em Corrente, 1 morto;
Dia 12/06 – em Bom Jesus, 6 mortos;
Dia 17/06 – em Monte Alegre, 9 mortos.
Dia 10/05 – em Corrente, 1 morto;
Dia 12/06 – em Bom Jesus, 6 mortos;
Dia 17/06 – em Monte Alegre, 9 mortos.
O mês de junho vai se destacando nessa trágica estatísticas, com dois acidentes que já somam 15 mortes, número que pode aumentar em razão de vários feridos em estado muito grave no acidentes de hoje. Outro mês com números estarrecedores é fevereiro, que somou 8 mortes em dois acidentes no período do carnaval, ambos nas proximidades de Cristalândia, cada um com quatro mortos.
Relatório aponta situação crítica da BR 155
Em um relatório de mais de 40 páginas, a PRF aponta diversos problemas no trecho piauiense da BR 135, que vai de Jerumenha a Cristalândia, somando mais de 600 km. E diz que as condições precárias da rodovia “têm gerado graves prejuízos à sociedade piauiense, desde dificuldades de escoamento da produção agrícola até a perda de vidas em acidentes de trânsito”.
O relatório aponta diversos problemas na rodovia federal, começando pela largura. Segundo o documento técnico, em vários trechos “a largura das faixa de rolamento é inferior às dimensões recomendadas pelo DNIT”, não permitindo que dois veículos largos passem um pelo outro sem ter que desviar para o acostamento. O problema é que em muitos trechos não há acostamento, e em outros há desnível de mais de 30 cm entre a pista e a lateral da pista.
O relatório entregue à bancada piauiense em Brasília serviu de suporte para a mobilização que pede providências urgentes para a rodovia. Uma das medidas sugeridas pela PRF é que seja feito o controle do fluxo de veículos, limitando o tráfego de alguns veículos a determinados horários. Na época, o DNIT considerou a sugestão uma "medida extrema".
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